É uma pena os vídeos não terem legenda traduzida, mas para as pessoas que não entendem o inglês as imagens falam por sí só. As imagens são apresentadas por um militar americano que mostra a ação militar dos Estados Unidos no Iraque e o assassinato indiscriminado de pessoas no bairro de Nova Bagdá, Iraque - incluindo dois funcionários de notícias Reuters. Os vídeos, filmado de um helicóptero, mostram claramente o assassinato de funcionários da Reuters e de equipes de resgate. Duas crianças envolvidas no resgate também foram gravemente feridas.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Wikileaks: Vídeos mostram crimes de guerra dos EUA no Iraque
É uma pena os vídeos não terem legenda traduzida, mas para as pessoas que não entendem o inglês as imagens falam por sí só. As imagens são apresentadas por um militar americano que mostra a ação militar dos Estados Unidos no Iraque e o assassinato indiscriminado de pessoas no bairro de Nova Bagdá, Iraque - incluindo dois funcionários de notícias Reuters. Os vídeos, filmado de um helicóptero, mostram claramente o assassinato de funcionários da Reuters e de equipes de resgate. Duas crianças envolvidas no resgate também foram gravemente feridas.
Escavações israelenses ameaçam a Mesquisa Al-Aqsa e a paz no mundo
Adiante coloco um vídeo da Al-Jazeera que mostra as escavações realizadas debaixo da Mesquita.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Israel se 'decepciona' e EUA se 'lamenta' enquanto Brasil age com dignidade
Carta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Presidente da Palestina Mahmoud Abbas - 03/12/2010
Senhor Presidente,
Li com atenção a carta de 24 de novembro, por meio da qual Vossa Excelência solicita que o Brasil reconheça o Estado palestino nas fronteiras de 1967.
Como sabe Vossa Excelência, o Brasil tem defendido historicamente, e em particular durante meu Governo, a concretização da legítima aspiração do povo palestino a um Estado coeso, seguro, democrático e economicamente viável, coexistindo em paz com Israel.
Temos nos empenhado em favorecer as negociações de paz, buscar a estabilidade na região e aliviar a crise humanitária por que passa boa parte do povo palestino. Condenamos quaisquer atos terroristas, praticados sob qualquer pretexto.
Nos últimos anos, o Brasil intensificou suas relações diplomáticas com todos os países da região, seja pela abertura de novos postos, inclusive um Escritório de Representação em Ramalá; por uma maior freqüência de visitas de alto nível, de que é exemplo minha visita a Israel, Palestina e Jordânia em março último; ou pelo aprofundamento das relações comerciais, como mostra a série de acordos de livre comércio assinados ou em negociação.
Nos contatos bilaterais, o Governo brasileiro notou os esforços bem sucedidos da Autoridade Nacional Palestina para dinamizar a economia da Cisjordânia, prestar serviços à sua população e melhorar as condições de segurança nos Territórios Ocupados.
Por considerar que a solicitação apresentada por Vossa Excelência é justa e coerente com os princípios defendidos pelo Brasil para a Questão Palestina, o Brasil, por meio desta carta, reconhece o Estado palestino nas fronteiras de 1967.
Ao fazê-lo, quero reiterar o entendimento do Governo brasileiro de que somente o diálogo e a convivência pacífica com os vizinhos farão avançar verdadeiramente a causa palestina. Estou seguro de que este é também o pensamento de Vossa Excelência
O reconhecimento do Estado palestino é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio, objetivo que interessa a toda a humanidade. O Brasil estará sempre pronto a ajudar no que for necessário.
Desejo a Vossa Excelência e à Autoridade Nacional Palestina êxito na condução de um processo que leve à construção do Estado palestino democrático, próspero e pacífico a que todos aspiramos.
Aproveito a ocasião para reiterar a Vossa Excelência a minha mais alta estima e consideração.”
Fonte: Itamaraty.
Carta do Presidente Mahmoud Abbas ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Queira aceitar os protestos de nossa mais alta estima e consideração.
Mahmoud Abbas
Presidente do Estado da Palestina
Presidente do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina Presidente da Autoridade Nacional Palestina”
Fonte: Itamaraty
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dia internacional da Palestina
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Lá vem Estados Unidos de novo... Agora na Coréia!!!
Bem, a crise entre as Coréias não é recente. Podemos dizer que se sucedeu em decorrência da 2ª guerra mundial e principalmente da guerra fria. Para entender a guerra entre as Coréias é preciso saber o que ocorreu nessas duas guerras anteriores. Após isso, você compreenderá que as Coréias e, por conseqüência o povo coreano, nada mais são do que fantoches e marionetes nas mãos de um sistema imperialista que persisti até hoje.
A guerra fria é a denominação conferida ao período de disputas estratégicas entre Estados Unidos e União Soviética, também conhecida como disputa entre o capitalismo (defendido pelos Estados Unidos) e o socialismo (defendido pela União Soviética). Recebeu a denominação ‘fria’ porque não houve um confronto bélico entre as duas potências, uma vez que seria inviável este tipo de combate já que os dois países tinham armas nucleares suficientes para destruir o mundo. Desse modo, com a inviabilidade de uma guerra bélica, os dois países passaram a disputar poder de influência política, econômica e ideológica no mundo todo, acarretando em diversas guerras regionais como a guerra do Vietnã, a guerra do Afeganistão e a guerra da Coréia.
- ll8.5l5 mortos (tropas da ONU), dos quais cerca de setenta mil eram sul-coreanos, 33.729 americanos e 4.786 de outras nacionalidades;
- 264.58l feridos;
- 1.600.000 (estimativa) de baixas entre norte-coreanos e chineses;
- 3.000.000 (estimativa) civis norte-coreanos;
- 500.000 (estimativa) sul-coreanos.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Como sofrem as famílias palestinas com os abusos israelenses
Israel não respeita direitos do povo palestino
Em artigo na Folha de São Paulo ("Direitos humanos em mãos erradas", "Tendências/Debates", 10/10), o embaixador israelense queixou-se do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, em que relatórios têm sido aprovados, denunciando graves violações de direitos humanos por parte do governo israelense nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
De fato, apenas nos primeiros seis meses de 2010, foram registradas na Cisjordânia a demolição de 223 edifícios e a expulsão de 338 palestinos de suas casas.
Quinhentas e cinco barreiras violam o direito de ir e vir, impedindo o acesso da população a escolas, a locais de trabalho e a hospitais, para procedimentos vitais como diálise, cirurgias do coração e cuidado neonatal intensivo.
Seguindo a lógica de anexar o máximo de terras com o mínimo de palestinos, o trajeto tortuoso do muro enclausurou Belém e Qalqilia, expulsou 50 mil palestinos de Jerusalém Oriental e anexou 10% das terras mais férteis da Cisjordânia. As colônias israelenses, também ilegais, expandem-se a todo vapor sobre territórios palestinos.
A justificativa de Israel para a violação de direitos humanos -zelar pela "segurança" de seus cidadãos- não se sustenta, sendo tais atos a própria origem da revolta palestina.
Os "mísseis" citados pelo artigo do embaixador são armas de fabricação caseira, usadas em desespero por um povo sem Estado, que sofre a mais longa ocupação militar da história moderna, submetido a bombardeios, a incursões militares, a assassinatos dirigidos e a toques de recolher.
O artigo também cita um prisioneiro militar israelense, omitindo o fato de que Israel tem em seus presídios mais de 6.000 civis palestinos (incluindo crianças), a maioria deles sem acusação formal, processo judicial ou direito de defesa.
Alega-se que Israel estaria sendo alvo de injustiças por parte do CDH em consequência do relatório do juiz Richard Goldstone sobre os crimes de guerra cometidos durante o bombardeio que massacrou 1.397 pessoas em Gaza (incluindo 320 crianças e 109 mulheres).
Assim, deturpa-se o caráter heroico da flotilha de ativistas humanitários do mundo todo, incluindo israelenses e uma mulher sobrevivente do Holocausto, que arriscaram suas vidas para quebrar o bloqueio ilegal a Gaza.
O objetivo da flotilha era chamar a atenção do mundo para o problema? Sim. Era e continuará sendo uma provocação? Apenas se considerarmos o termo um desafio aberto, para que a humanidade impeça a continuidade do cerco a Gaza, onde 80% da população sofre de má nutrição crônica, as crianças apresentam estresse e distúrbios psicológicos causados pelos ataques, pelo sofrimento e pelas constantes bombas sonoras lançadas por Israel sobre a pequena faixa costeira.
O mesmo governo israelense que se queixa do CDH emitiu, no dia 10/ 10, um projeto de lei que, se aprovado, exigirá de todo não judeu de Israel um juramento de "lealdade ao caráter judeu do Estado".
Cerca de 20% da população, de origem palestina cristã, muçulmana ou outra, terá de aceitar o caráter judeu do Estado de Israel ou emigrar, aumentando o número de refugiados, que ultrapassa 9 milhões. As consequências disso, para a Palestina e para o mundo, não valem um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU?
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Construção de assentamentos israelenses perpetua sofrimento palestino
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Projeto de Lei pela vida e à favor da justiça - Brasil por Gaza
O Projeto de Lei 12.292 de 20 de julho de 2010 pode ser encontrado no seguinte link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12292.htm
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um completo idiota (soldado israelense) dançando diante de palestina presa e vendada!
Veja o vídeo.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
SHMINISTIM – Ditadura israelense e o serviço militar obrigatório
O serviço militar em Israel é obrigatório tanto para homem quanto para mulher. Para os homens o período de alistamento é de 3 anos enquanto que para as mulheres 2 anos.
Recusar-se significa dizer não! Não à ditadura militar na Cisjordânia, não para o uso da violência como meio de defesa, não para o patriarcado, não à violência contra pessoas inocentes, não ao abuso contra os soldados, não à guerra e não a uma sociedade que pretende ser democrática, mas os jovens são forçados a carregar armas, matar e ser morto. (...) Recuso-me porque eu quero fazer a diferença. Quero que todos os jovens palestinos que perderam a esperança de ver que há israelenses que se preocupam e que fazem uma escolha diferente. Eu quero todos os meus amigos que se tornaram soldados ou que estão prestes a tornarem-se soldados vejam que as coisas não têm que ser do jeito que são e que fazendo todas aquelas coisas imorais não é algo a ser dado como certo, que de outra forma é possível, que você não tem que sofrer dentro de um sistema militar que oprime você (a maioria dos soldados sofrem quando estão no exército). Talvez eles também vão abrir seus olhos e suas mentes um pouco mais para o que está acontecendo ao seu redor (Ou Ben-David Katz).
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O caso Sakineh Mohammadi Ashtiani: Apedrejamento no Irã, impunidade no Brasil – Um prato cheio aos EUA/Israel
Não devemos esquecer, entretanto, que diversos países possuem pena de morte para crimes comuns, como a Coréia do Norte, Coréia do Sul, Kuwait, Índia, Japão, Estados Unidos (inclusive), entre outros. Veja a lista completa aqui.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Pipas em Gaza
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Por um fio - Possível ataque ao Irã ameaça todo o Oriente médio
terça-feira, 27 de julho de 2010
Crianças palestinas sofrem violência e são condenadas
Fonte: http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2010/05/201053082239109343.html
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Navios de guerra americano e israelense seguem em direção ao Irã
A notícia ainda não foi divulgada no Brasil. No entanto, já foi publicada por jornais israelenses, a exemplo do Haaretz, no dia 19 deste mês.
Acredito que fortes emoções irão acontecer nos próximos dias. Principalmente porque o Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, há algum tempo atrás fez a seguinte declaração sobre Israel: "Você deve saber que o regime sionista criminoso e terrorista, que tem 60 anos de saques, agressões e crimes em sua ficha, chegou ao fim de seu trabalho e logo vai desaparecer da cena geográfica".
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Seria o início de uma nova guerra?
Segue adiante uma breve análise das últimas guerras iniciadas por Estados Unidos e Israel.
Estados Unidos e a guerra no Afeganistão (2001)
Objetivo: A finalidade oficial da invasão era destruir a al-Qaeda. As Nações Unidas não autorizam a invasão (como se fosse preciso!!!).
Resultado: Além da morte de milhares de civis e militares o regime talibã não foi destruído e o seu principal objetivo, quer era o de capturar Osama Bin Laden não foi alcançado. Até hoje a guerra não foi vencida.
Estados Unidos e a Guerra no Iraque (2003)
Objetivo: O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU (de novo? como se fosse preciso!!!)
Resultado: As supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que supostamente haviam no Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas.
Israel e a guerra no Líbano (2006)
Objetivo: O objetivo não é claro. De acordo com as pesquisas levantadas o estopim para a explosão da guerra foi a captura de dois soldados israelenses pelo Hizbollah. No entanto, seqüestros de soldados israelenses haviam sido realizados anteriormente sem repercussões mais sérias. Segundo a revista The New Yorker, os Estados Unidos sabiam antecipadamente de um plano de Israel para bombardear o Hizbollah, bem antes do rapto dos dois soldados israelitas em 12 de Julho. Além disso, o pentágono previa que um ataque ao Líbano poderia servir como "teste" para um futuro ataque aéreo norte-americano às instalações nucleares iranianas, e a destruição da capacidade militar do Hizbollah protegeria Israel de uma retaliação, no caso de os Estados Unidos bombardearem o Irã.
Resultado: A guerra não foi vencida. Milhares de civis mortos. Não se falam mais nos soldados israelenses que teriam sido capturados.
Reflexão: Incompetência ou estratégia?
Que Deus proteja os inocentes!
terça-feira, 29 de junho de 2010
Que país representa ameaça à paz mundial?
segunda-feira, 14 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Armas nucleares pelo mundo - Sanções neles!!!
Um assunto que tem estado presente na mídia nos últimos dias diz respeito às sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU ao Irã, nesta última quarta-feira dia 09.06.2010.
"os países que votaram a favor da resolução podem ter sofrido pressão dos cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China). 'Há nações que são mais frágeis. No passado, havia coisas que nós também não podíamos dizer porque dependíamos do Fundo Monetário Internacional (FMI)'."¹
"Está claro que os Estados Unidos não são contra as bombas atômicas porque tem na região um regime sionista com bombas atômicas. (...) Os Estados Unidos estão tentando salvar o regime sionista, mas o regime sionista não sobreviverá. Está condenado".²
"Lamentavelmente, desta vez, quem queria negociar era o Irã e quem não queria negociar eram aqueles que acham que a força resolve tudo. Acho que o Conselho de Segurança jogou fora uma oportunidade histórica de negociar tranquilamente o Programa Nuclear Iraniano e ao mesmo tempo discutir com mais profundidade a desativação dos países que tem bombas nucleares".³ (grifo meu).
- Estados Unidos: O país desenvolveu 66,5 mil armas nucleares de 100 tipos diferentes desde 1945, mas só 5.113 ogivas de 15 tipos permanecem no estoque do Departamento de Defesa. Segundo o relatório dos cientistas atômicos, o país deixou de produzir armas em 1992, mas ogivas já existentes continuam sendo modificadas.
- Rússia: Segundo o relatório dos cientistas atômicos de 2009, o país tem 4.830 ogivas em seu arsenal operacional. O governo tem diminuído seu arsenal nuclear para cumprir o Tratado de Moscou, que define um limite máximo de 2.200 ogivas tanto para os Estados Unidos como para aRússia até 2012.
- China: De acordo com estimativas do Pentágono, a China tem aumentado sua produção de armas nucleares em 25% desde 2005 e tem “o programa de mísseis balísticos mais ativo do mundo”. Dados de 2008 mostram que o país tinha um estoque de 240 ogivas.
- França: Os últimos presidentes franceses já haviam anunciado planos de diminuir o arsenal do país, embora a modernização das armas continue. Estimativas de 2008 apontam para cerca de 300 ogivas.
- Reino Unido: Dados de 2005 apontam para menos de 200 ogivas de apenas um tipo. Desde 1958, quando assinaram um acordo de uso de energia atômica para fins de defesa, os programas nucleares do Reino Unido e dos Estados Unidos caminham juntos. Ainda hoje há sistemas americanos de armas sediados em solo britânico.
- Paquistão: O arsenal estimado do país em 2009 é de 70 a 90 armas nucleares. Em 1999, a agência de inteligência americana estimou de 25 a 35 ogivas no país. Segundo o boletim dos cientistas atômicos, embora o arsenal paquistanês esteja aumentando, não é provável que eles tenham atingido as 100 ogivas ainda.
- Índia: A estimativa é de que o país possua aproximadamente 70 ogivas nucleares em preparação – dessas, 50 já podem ser usadas. Os dados são de 2008 e, segundo os cientistas atômicos, a previsão é de que o arsenal aumente nos próximos anos.
- Israel: O país não afirma nem nega que tenha armas nucleares, mas a agência de inteligência do Exercíto americano concluiu em 1999 que os israelenses construíram entre 60 e 80 ogivas. Até 2006, Israel produziu material suficiente para compor entre 155 e 190 ogivas.
- Coreia do Norte: Sabe-se que o reator que existe no país começou a funcionar em 1986. Especialisas independentes estimam que os norte-coreanos teriam capacidade para construir entre 5 e 15 armas. Não se sabe se Pyongyang fez armas com sua tecnologia nuclear ou se construiu um arsenal capaz de ser acoplado a um míssil.
sábado, 5 de junho de 2010
A covardia Israelense
Mais um vez Israel demonstra até onde a sua covardia pode chegar. Sem limites e sem fronteiras Israel ataca a quem quer e em qualquer lugar, mesmo em águas internacionais. Com a desculpa esfarrapada de que no navio haviam armas, o exército israelente cometeu novamente assassinatos. Foram vidas que seguiam motivadas pela ajuda humanitária ao povo sofrido na faixa de Gaza.
Relutei muito em colocar um vídeo da globo, porque com freqüência essa emissora se mostra favorável à ação imperialista de Israel.
Penso que Israel irá morrer pelas suas ações de alguma forma. Dessa vez, vejo a nação internacional compartilhando da revolta e do repúdio a esse governo cruel e desumano.
Tenho muito a falar. Minha revolta é tamanha. Desejo ter um pouco mais de tempo para poder escrever tudo aquilo que tenho em mente e poder compartilhar com aqueles que visitam o blog.
terça-feira, 20 de abril de 2010
A ONU e o seu papel
A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.
Algumas pessoas têm se perguntado: Mas o que efetivamente a ONU tem feito? Respondo: Nada! Ou melhor, monitorar internacionalmente e manter o controle do comércio do Pau-rosa (árvore brasileira), de algumas plantas de madagascar, alguns lagartos e sapos da América Central e salamandras do Irã.
E esta completa 'vista grossa' tem custado a vida de muitos. Tem permitido pisar sob os direitos humanos (supostamente defendidos), tem feito, inclusive, a concretização de uma completa má impressão de suas reais inteções em estabelecer a paz na Palestina, por exemplo.
O fato é que a ONU não decide nada, não faz nada e não tem poder decisório nenhum.
Para entender melhor - A ONU possui dois níveis básicos de decisões: a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança. A primeira conta com a participação de todos os membros (192 países) e uma decisão é tomada com o aval da maioria. O segundo é formado por quinze países membros, desses, cinco possuem participação permanente e dez participação rotativa, ou seja, não são membros fixos e permanentes. Os membros permanentes detêm o poder de veto, são eles: Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China.
Esse é o ponto: O poder de vetar! Ou, o uso indiscriminado do veto!
O protecionismo escancarado dos Estados Unidos ao Estado de Israel resultou em mais de 35 propostas de resolução sobre Israel VETADAS. Dentre todas essas utilizações podem-se destacar duas:
- O veto à proposta de resolução que criticava o assassinato de vários funcionários das Nações Unidas por forças militares israelenses e a destruição de um depósito do Programa Mundial de Alimentação da ONU na Cisjordânia, em dezembro de 2002;
- O veto à proposta de resolução que condenava Israel pelos recentes ataques contra os palestinos na Faixa de Gaza, em especial o realizado em Beit Hanoun, que deixou 19 vítimas fatais entre os civis, a maioria de mulheres e crianças, em novembro de 2006; (ANP..., 2006).
Essa última utilização do veto provocou diversas manifestações de repúdio dentro do mundo árabe. Enquanto alguns líderes lamentavam, outros convocavam a população para proferirem ataques a alvos estadounidenses.
Além do uso exagerado dos vetos, os Estados Unidos costumam ainda desconsiderar as recomendações oriundas da Assembléia Geral, visto que não são obrigatórias, inclusive desrespeitando os princípios da Organização, pois têm garantia através do veto, de que nunca sofrerão sanções.
Em resumo: A ONU está sob o domínio norte americano, que além de domicilia-la controla suas decisões à sua própria conveniência ou à conveniência de seu próximo, o que no final dá no mesmo!
A custa de vida do povo palestino e ao som de Estados Unidos e Israel, a ONU dança conforme a música!
Fontes:
ONU - Organização das Nações Unidas. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br/conheca_onu.php
SILVEIRA, Carlos Eduardo. O uso abusivo do poder de veto pelos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 46, 31/10/2007 [Internet]. Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2389.
domingo, 18 de abril de 2010
Soldados israelenses afirmam que Exército matou inocentes em Gaza
O que já estava mais do que provado agora em artigo publicado!
Soldados de Israel que participaram da recente ofensiva à Faixa de Gaza admitiram que houve casos em que militares mataram civis inocentes, danificaram propositalmente propriedades de palestinos e receberam de seus superiores ordens "permissivas" de abrir fogo, de acordo com artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal israelense Haaretz. Mais de um terço dos mortos na ofensiva teriam sido crianças.
A série de depoimentos de soldados que participaram da "Operação Chumbo Fundido" na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro, contradiz a versão oficial de que "as tropas mantiveram altos padrões morais em todas as fases da operação".
Fontes palestinas calculam que a ofensiva de 22 dias matou 1, 3 mil palestinos, sendo que cerca de um terço deles, crianças.
Choque
Os soldados deram os depoimentos durante um encontro fechado, realizado em fevereiro, de um grupo que havia participado, anos antes, de um curso preparatório para o Exército.
(...)
Em entrevista ao site de noticias Ynet, Zamir afirmou que "ficou chocado" quando ouviu os depoimentos dos soldados.
Zamir tambem disse que pretende colaborar com a investigação da Policia Militar mas vai se negar a entregar os nomes dos soldados que testemunharam.
'Assassinato'
Um dos soldados, de nome fictício Aviv, afirmou que viu um dos oficiais disparando contra uma senhora idosa que passava perto de uma casa palestina onde os soldados haviam se instalado.
O mesmo Aviv afirmou que as ordens de abrir fogo "significavam assassinar".
"Entrávamos em um prédio e recebíamos ordens de subir de andar em andar e atirar em qualquer pessoa que víssemos... chamo isso de assassinato", disse o mesmo soldado.
"Como vocês sabem, usaram muito fogo e mataram muitas pessoas para impedir que nós (os soldados) fossemos atingidos".
"Superiores nos disseram que podemos atirar nas pessoas que não fugiram, pois são terroristas, mas eles não tinham para onde fugir... isso me amedrontou, tentei fazer alguma coisa, da minha posição inferior, para mudar a situação".
O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse à radio estatal de Israel que "o Exército vai investigar esses depoimentos com toda a seriedade".
"Nosso Exército tem os mais altos padrões morais do mundo, passei dezenas de anos de uniforme e sei o que aconteceu na Iugoslávia, no Afeganistão e no Iraque, e digo que, desde o chefe do Estado Maior, até o ultimo dos soldados, o Exército de mais alto nível moral do mundo é aquele que serve o governo de Israel", afirmou Barak.
Fonte: Guila Flint
Veja a notícia completa em:
sexta-feira, 16 de abril de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Jerusalém Oriental - A questão Palestina
Na partilha realizada pela ONU no ano de 1948, Jerusalém Oriental estaria sob domínio Palestino. Ocorre que em 1967, por ocasião da guerra dos seis dias, Israel além de condenar à morte cerca de 18.000 árabes, tornou 350.000 palestinos em refugiados e incorporou a região.
A ONU, em novembro de 1967 por meio da Resolução 242, ordenou a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados. Obviamente que Israel não cumpriu a resolução e lá se vão 43 anos de ocupação.
Em Jerusalém Oriental encontram-se alguns locais religiosos, tanto para judeus quanto para muçulmanos, como é o caso da Mesquita Al-Aqsa. A propósito, Israel numa de suas rotineiras demonstrações imperialistas, não permite a entrada de homens muçulmanos na Mesquita com menos de 50 anos, bloqueando assim, o acesso dos muçulmanos a uma das Mesquitas mais importantes para o islamismo.
O primeiro-ministro de Israel disse nesta semana que Jerusalém Oriental é a capital de Israel e que por esse motivo não há a mínima possibilidade de interromper o projeto de construção de 1.600 casas nesta região.
Vejam bem, o caso é tão absurdo, tão revoltante... me deixa sem palavras. Ou melhor, me deixa com muitas palavras sobre as quais não posso mencionar.
Primeiro Israel se apropria de terra que não lhe pertence, mata milhares de pessoas, não muito contente com aquilo que tem, segue em busca de mais e, a preço de vidas, expande suas fronteiras. O sionismo é isso! Reflitam: Israel não tem a Palestina como única fronteira à conquistar, o sionismo pretende mais, tem planos maiores!
Israel passa por cima de qualquer coisa, de qualquer pessoa. Para impor o sionismo a qualquer preço, ultrapassa todos os limites e não reconhece os direitos humanos. Áh, os direitos humanos! O mundo não sabe mais o que significa essa expressão.
Aqui no Brasil vamos seguindo nossas vidas inertes, alheios a tudo que não diz respeito à carnaval e à futebol. Não consigo!
Fica aqui registrado meu total REPÚDIO, minha pura INDIGNAÇÃO e REVOLTA, além da minha eterna SOLIDARIEDADE com o povo palestino. Estou com vocês!
Obs: (Preciso fazer um post sobre a ONU, faz tempo que quero falar sobre esse pessoal ‘bacana’).
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A quem pertence Jerusalém?

No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes. (Fonte: wikipédia).
Qual a razão de tanta disputa? Seriam razões religiosas? Vejamos alguns pontos:
2. O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus.
3. Para os muçulmanos Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo dada a Noite de Ascensão de Mohamed (c. 620 d.C.).
Mas e antes da proclamação de David? Não existiam habitantes em Jerusalém? A resposta é: sim, haviam habitantes em Jerusalém que não eram nem judeus, nem cristãos e nem muçulmanos.
Por isso, partindo do princípio de que uma terra somente pode ser evocada como sua a partir do momento de sua descoberta, não se pode dizer ou determinar que Jerusalém e toda a Palestina sejam dos judeus.
Partindo desse entendimento ‘razões religiosas’ estão descartadas. Se assim fosse, cristãos também estariam na disputa pela reivindicação da intitulada ‘Terra Santa’. Além disso, os palestinos não estão lutando por suas terras considerando a religiosidade. Os israelitas, por outro lado, almejam divisas maiores, que vão além da religiosidade.
João Marco Domingues[1] utilizando datas aproximadas, ordenou a cronologia de Jerusalém, conforme é demonstrado adiante:
2000 a.C. – Período Patriarcal (Abraão, Isaac, Jacob).
1050-930 a.C. – Reino unificado
1004 a.C. – David funda Jerusalém, fazendo dela a Capital do Reino
930-586 a.C. – Reino de Judá
960 a.C. – O Rei Salomão inicia a construção do 1º Templo
952 a.C. – Consagração do 1º Templo
586 a.C. – Nabucodonosor invade Jerusalém e destrói o 1º Templo
539-332 a.C. – Domínio Persa
520 a 515 a.C. – Reconstrução do 2º Templo
332-167 a.C. – Domínio Grego
168 a.C. – O domínio opressor grego atinge o seu cume
63 a.C. - Domínio Romano
63 a.C. – Pompeu destrói Jerusalém
37 a.C. – Jerusalém é destruída parcialmente por Herodes
20 a.C. a 63 d.C. – Herodes reconstrói o 2º Templo
29-32 – Vida pública de Jesus Cristo
70 – O Templo é definitivamente destruído pelo Imperador Tito
324 – Domínio Bizantino
335 – Término da construção do Santo Sepulcro
614 – Persas conquistam Jerusalém. A Santa Cruz é saqueada
628 – Os bizantinos reconquistam a cidade, a Santa Cruz é recuperada e entronizada em Jerusalém
639 – Domínio Muçulmano
639 – Jerusalém é dominada pelos árabes liderados por Omar
692 – Término da construção da Mesquita de Omar (Cúpula do Rochedo)
1010 – O califa Al-Hakim destrói o Santo Sepulcro
1099 – Domínio Cristão
1099 – Os cruzados, convocados pelo Papa Urbano II em 1095, chegam a Jerusalém e reconquistam a cidade
1244 – Domínio Mongol
1244 – Jerusalém é conquistada e saqueada pelos mongóis
1516 – Domínio Otomano
1516 – Jerusalém é conquistada pelos otomanos
1840 – Reocupação turca
1917 – Domínio Britânico
1920 – É atribuído o mandato da Palestina ao Reino Unido
1947 – Resolução das Nações Unidas a fim de criar um Estado Judeu e Árabe na Palestina
1948 – Reino Unido retira-se da Palestina. O país é invadido por Estados vizinhos. É declarado o Estado de Israel a 14 de Maio
1948 – Domínio Israelita
1949 – Jerusalém é dividida entre dois países; Jerusalém é proclamada capital de Israel; Jerusalém Oriental fica sob domínio da Jordânia
1967 – Israel ocupa a Velha Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias
1987 – Início da Intifada, revolta palestiniana nos territórios ocupados por Israel, primeiro em Gaza e depois na Cisjordânia
2000 – O dirigente do Likud, Ariel Sharon, visita a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, acompanhado de um apertado corpo de guarda-costas. Surgem violentas manifestações que dão origem à 2ª Intifada.
De acordo com a cronologia, Jerusalém sofreu os mais variados domínios: persa, grego, romano, bizantino, muçulmano, cristão, mongol, otomano, britânico e agora israelita.
Por isso pergunto: A quem pertence Jerusalém?
Respondo: A todos os povos. Não apenas aos judeus, cristãos ou muçulmanos. Todos têm direito. Acho completamente infundada a decisão da ONU de estabelecer um Estado judeu (Israel) sobre uma cidade de importância religiosa para pessoas do mundo todo.
A quem pertence a Palestina?
Legalmente, historicamente e humanitariamente aos palestinos, que vivem na região há muito anos, sofrendo todos os tipos de ataques e domínios.
[1] Mestre em Relações Internacionais pelo Departamento de Ciência Política da Universidade de Paris I - Sorbonne. Doutorando em Ciência Política da Universidade de Paris I - Sorbonne. Investigador no Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança - IPRIS.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O muro da vergonha!

O cerco: A outra fronteira de Gaza, com Israel, conta com uma ultravigiada barreira, enquanto o espaço marítimo do território palestino é controlado por navios de guerra israelenses. (Fonte: g1.com).
Pois bem, o povo palestino (em Gaza) está morrendo de fome. As pessoas não sabem, mas essa é a realidade. Israel fechou todas as saídas e sequer comida entra. Daí eu pergunto: o que Israel quer? O que Gaza, ou os palestinos daquele lugar podem fazer contra eles? Um povo massacrado que ainda tenta se reerguer.
Acho importante lembrar que o pretexto que motivou Israel a atacar Gaza no final de 2008 foram os ataques que o Hamas estaria mantendo contra um vilarejo na fronteira com Israel. Alguém sabe dizer quantos israelenses morreram? Ou, alguém poderia me dizer se isso é realmente motivo suficiente para se iniciar uma guerra covarde, onde mais de 1.400 palestinos morreram, transformando Gaza, hoje, na maior prisão ao céu aberto do mundo?
Sinceramente, o pior de tudo é ver os países árabes omissos, ou pior que isso é ver o Egito, como um país árabe-islâmico contribuir com o regime imperialista de Israel. Por isso, cabe aqui dizer que o problema é mais complexo. Egito não detém o controle de sua fronteira e sim Israel. Israel por sua vez recebe o apoio dos Estados Unidos na construção do dito muro solidificando o cerco e concretizando a prisão dos palestinos.
Karen Abu Zeid, Comissário Geral da Agência da ONU para os Refugiados declarou: “O muro de aço que o Egito está construindo na fronteira com a Faixa de Gaza é produzido e financiado pelos Estados Unidos e faz parte de um acordo sigiloso feito durante a precedente administração americana”.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
CARTA ABERTA, ASSINADA PELO PCB, À REPRESENTAÇÃO DO EGITO NO RIO DE JANEIRO
Ainda a respeito da Marcha para Gaza, posto logo abaixo uma carta assinada pelo Partido Comunista Brasileiro - PCB, remetida ao Consulado Egípcio no Rio de Janeiro e endereçada para o Presidente do Egito Hosni Mubarack.
Solidariedade ao Povo Palestino
Excelentíssimo Senhor Presidente da República Árabe do Egito Hosni Mubarack.
Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2010.
Nós, brasileiros, signatários desta carta, abaixo assinados, lideranças políticas, sindicais, intelectuais, parlamentares, partidos políticos e entidades representativas de diversos setores da sociedade civil brasileira, estamos profundamente chocados e apreensivos com o drama vivido pelos nossos irmãos que vivem nos territórios ocupados da Palestina, especialmente em Gaza de onde nos chegam diariamente as mais terríveis notícias sobre o aprofundamento da desumana agressão do Estado de Israel sobre uma população desprotegida, profundamente ferida, cujas vidas vem sendo usurpadas dia após dia com a imposição de um bloqueio cruel que, na prática, os impede de retomarem suas vidas após os bombardeios levado a cabo pelo exército israelense no final de 2008 e início de 2009.
Para nós, é incompreensível que um país como o Egito que, em um passado recente, defendeu este povo espoliado com tanta bravura e heroísmo se mostre agora indiferente ao amargo destino que está sendo trilhado pelos seus irmãos palestinos. Uma situação tão dramática que se transformou na principal cena do mundo. Não há, Senhor presidente, entre os povos conscientes de todos os países, uma pessoa que não expresse sua preocupação com os palestinos e seu mais veemente repúdio ao Estado de Israel que vem praticando um verdadeiro genocídio em uma população indefesa. Um repúdio que acabará por se estender para todos os governos apoiadores e cúmplices do Apartheid que está sendo praticado sobre o povo árabe palestino por um Estado racista, assim definido pela própria ONU que, em sua resolução 5.151 G (XXVIII), de 14 de dezembro de 1973, condenou, entre outras coisas, a aliança entre o racismo sul-africano e o sionismo, declarando também o sionismo como uma forma de racismo e discriminação racial, no texto aprovado em 10/11/95.
Não é necessário descrever todos os horrores praticados pelas forças armadas israelense durante os 21 dias de ininterrupto massacre, com a utilização de armas proibidas pelas Leis Internacionais, cometendo os mais hediondos crimes de guerra e crimes contra a humanidade, como ficou constatado no relatório do juiz sul-africano, Richard Goldstone, posteriormente endossado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, porque esses fatos são conhecidos pela opinião pública de todo o planeta.
Há que se observar que ao se defenderem com seus próprios corpos, utilizando objetos que lhes vem à mão como paus e pedras e com rudimentares armamentos, o povo palestino está defendendo os valores fundamentais da humanidade, está defendendo o mais elementar dos direitos, que é a vida. Negar-lhes socorro, equivale a endossar a aniquilação da própria humanidade, a destruição dos valores tão arduamente construídos em séculos de luta por um mundo mais fraterno e humano.
É humanamente inaceitável que o Egito tenha negado socorro, fechando sua fronteira com Gaza, em um dos momentos mais dramáticos da vida desse povo, mantendo-a fechada quando eles mais necessitam de acesso a medicamentos, tratamento médico, equipamentos hospitalares, alimentação e demais itens necessário à sua sobrevivência e à reconstrução de seus lares e de suas vidas. Isso significa uma grave violação da Quarta Convenção de Genebra, da qual o Egito foi um dos primeiros países a assinar, em agosto de 1949, ratificando o tratado em 1952. O artigo 59 da Convenção prevê que: ..."Se a totalidade ou parte da população de um território ocupado é inadequadamente assistida pela potência ocupante, outro país deverá estabelecer planos de socorro, em nome da referida, a esta população por todos os meios à sua disposição." O artigo 147 prevê que é uma violação grave da citada Convenção "agir deliberadamente causando grande sofrimento ou lesões ao corpo, a saúde ou mortes."
O cerco israelense-egípcio tem criado os níveis mais terríveis de pobreza, privação e de miséria à população de Gaza, cuja linha da vida são os túneis sob a fronteira com o este país. E agora, para manter Gaza encurralada, o governo de V. Ex.ª , contrariando todas as leis internacionais, ignorando todos os princípios humanitários da Carta das Nações Unidas e os códigos de conduta e da decência, colaborando para o extermínio de um enorme contingente de pessoas, está construindo um muro de aço reforçado na fronteira de Rafah/Gaza que já está sendo chamado de "Muro da Vergonha" porque, de fato, essa iniciativa está causando um enorme constrangimento em todos os povos árabes e despertando uma grande indignação nos povos em todo o mundo.
Ao declarar -se imune às críticas e aos protestos contra esses atos de grande covardia, o governo de V. Ex.ª está deixando sinalizar que os únicos aliados que lhe interessa são aqueles que podem fornecer dinheiro e armas para que este país os ajude a aniquilar parte do povo árabe do qual V. Ex.ª faz parte. Mas ainda é tempo de ouvir as vozes de seu próprio povo que clama pela liberdade de Gaza e de toda a Palestina, recuperando, assim, a dignidade inerente aos dirigentes máximos de todas as nações que, pela posição que ocupam, devem ser um exemplo a ser seguido. Estamos conscientes de que, apesar da dureza de nossas palavras, não estamos ofendendo o seu governo, pois ofendidos estamos todos nós diante de tamanha crueldade para com nossos semelhantes.
Nós, brasileiros, sempre defendemos um tratamento fraterno para com as pessoas oriundas de outros países. Em contrapartida, defendemos a reciprocidade. Por isso, ficamos profundamente indignados com a agressão da polícia egípcia ao companheiro Raimundo Nilo Mendes, nosso representante na Marcha da Liberdade para Gaza. Trata-se de um cidadão brasileiro, um trabalhador e assessor da diretoria do Sindicato dos Petroleiros que, por um dever de consciência, deslocou-se do nosso país para o Egito na tentativa de ajudar a amenizar o sofrimento do povo palestino, acreditando que estava indo para um país amigo e que isso seria fundamental para que chegasse a seu destino e cumprisse sua missão política e humanitária, numa manifestação pacífica. A prisão de um brasileiro e apreensão de seus documentos pela polícia egípcia, sem nenhuma acusação formal e sem que o mesmo tenha praticado nenhum ato ilegal, infringe os princípios do direito civil internacional. Expressamos também nossa indignação com a agressão policial contra os manifestantes de 47 países voluntários da Marcha da Liberdade para Gaza e do comboio de ajuda "Viva Palestina" Sob a lei internacional, nem Israel nem o Egito tinham o direito de parar o comboio de ajuda humanitária " Viva Palestina" e os voluntários da "Marcha Mundial pela Liberdade de Gaza", nem impedirem a passagem livre de suas remessas.
"Como potência ocupante, Israel tem a responsabilidade primária com bem-estar do povo palestino. Dado a negativa de Israel em cumprir com o Direito Internacional, o cumprimento por parte do Egito é ainda mais vital, e nos termos do Direito Internacional DEVE o Egito permitir a passagem e garantir a segurança dos ativistas " declaração do presidente da NLG(National Lawyers Guild* ), David Gespass." Importante assinalar que a "cumplicidade na prática de um crime de guerra ou crime contra a humanidade é um crime sob a lei internacional". - princípio VII do Tribunal de Nuremberg.
Através desta carta, em nome do povo brasileiro, respaldados pela Quarta Convenção de Genebra, solicitamos à V. Ex.ª a liberação da fronteira de Rafah para que os habitantes de Gaza possam ter um mínimo de alívio em seu insuportável sofrimento e que pare imediatamente a construção do Muro de Aço que, como as demais armas israelenses que atingiram e continuam a atingir a população de Gaza, será mais uma via da morte para os palestinos. A paralisação das obras do Muro e a demolição do que foi construído em muito engrandecerão o governo egípcio perante a todos os povos do mundo.