terça-feira, 17 de junho de 2008

Parceiros na luta

Fiquei muito feliz em encontrar um outro blog com o mesmo posicionamento sobre o conflito entre Palestinos e Israelitas. Mais do que isso, comovida por identificar que o autor do blog nada mais é que um judeu ou judia, consciente da injustiça que se instaurou na região. O blog publicou na íntegra o livro “The Origin of the Palestine-Israel Conflict”, traduzindo: A origem do conflito entre Israel e Palestina.
Para os interessados o endereço do blog é: http://palestinusurpada.blogspot.com/

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Política e interesses

Em meio ao conflito existente entre palestinos e israelitas o governo americano se manifesta. Financiados por este, os judeus vem conquistando a palestina gradualmente. Os motivos pelos quais os Estados Unidos vem ajudando os judeus na invasão da palestina, perduram até os dias de hoje. Ora, a região é estratégica. Além de ser referência religiosa para o mundo todo a palestina está localizada no centro do oriente médio, fazendo fronteira com países como Jordânia, Líbano, Síria, Egito, países que dão acesso à Arábia Saudita, Iraque, Irã, grandes potências petrolíferas. Território e economia são os principais assuntos conflitantes e que se intensificam na medida em que os interesses do governo americano aumentam.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

PROTESTO: Contra o preconceito e a favor da VERDADE!

O SBT repórter desta última quarta-feira dia 11/06, apresentou uma reportagem com a seguinte chamada: “SBT repórter no oriente médio”. Parecia propor uma abordagem cultural, regional e histórica, mais tendia à religiosa. Não que falar de religião seja um estorvo, pelo contrário, mas o que me incomoda consideravelmente é a forma como a mídia trata dos conceitos e dos fundamentos das três religiões monoteístas naquela região. Seguramente, por ser o Brasil um país cristão, depreenderam mais tempo à falar sobre os fundamentos da fé cristã e os caminhos percorridos por Jesus (que a paz esteja com ele). Entretanto, quando o assunto foi o islam e os muçulmanos, a reportagem se privou à comentar sobre uma eventual opressão apresentada por um árabe muçulmano em relação à sua esposa, quando este a obriga usar o véu. A mulher dizia que não gostava de usar o véu, mas que o marido a obrigava, passando uma imagem de que os homens muçulmanos são opressores e as mulheres são oprimidas, não possuem direitos e estão sujeitas a uma vida de humilhação baseada na única opção que lhe resta na vida, a da submissão. Isso OBVIAMENTE não passa de uma MENTIRA. Este exemplo, de comportamento individual, não poderia ser utilizado para exemplificar o comportamento de um grupo, de uma religião ou de toda uma nação. O uso do véu não é uma obrigação imposta pelo marido, mas sim uma orientação dada por Allah (s.a.w.a.) no alcorão. Ademais, além do preconceito explícito ao islam, a reportagem demonstra claramente a sua tendência israelita, por sua origem judaica. Fato que deveria gerar indignação aos cristãos, uma vez que os judeus não dão a mínima ao cristianismo, não considerando este como uma religião, muito menos a Jesus como um profeta.
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Reflita: Antes de qualquer preconceito lembre-se que o homem é cheio de erros, incertezas, enganos, e estes fatores não podem servir para medir ou fundamentar uma religião ou uma posição cultural. Acima de tudo, adquira conhecimento! Pense por si só e não pelo o que os outros querem que você pense!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Palestina, invadida e saqueada!!!

Que tal um pouco de iniciativa cultural? Que seja pelo menos para obter conhecimento, e por quê não um posicionamento mais consciente diante do que acontece ao nosso redor.

Você entende os conflitos que ocorrem entre Palestinos e Israelenses?

Em linhas gerais podemos dizer que os conflitos baseiam-se em interesses políticos e religiosos. Contudo vejamos a evolução histórica dos fatos:

O Estado de Israel foi criado, em 1948. Ou seja, existe há cerca de 60 anos. Foi fundado por imposição e é considerado por seus idealistas um estado religiosamente judeu.

Por enquanto não estaremos aqui falando de direito religioso, mas de direitos humanos.

Os judeus afirmam terem sido expulsos da região, embora registros apontam para a dispersão antes mesmo deste período. A essa dispersão dá-se o nome de “DIÁSPORA”.


DIÁSPORA: Geralmente se atribui o ínicio da primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu Jerusalém e destruindo o reino de Judá deporta os judeus para a Babilônia. Mas esta dispersão se inicia antes, em 722 a.C., quando o reino de Israel ao norte é destruído pelos assírios e as dez tribos de Israel são dispersas pelo mundo. A segunda diáspora aconteceu muitos anos depois, no ano 70 d.C. Os romanos destruiram Jerusalém, e isso acarretou uma nova diáspora, fazendo os judeus irem para outros países da Ásias Menor ou sul da Europa. Migraram para os Países Baixos, Bálcãs, Turquia, Palestina e, estimulados pela colonização européia, chegam ao continente americano. (Fonte: Wikipédia.).

O que mais me revolta é o subjugo da minha inteligência... “Ora, nesta região, viviam não apenas judeus mas também cristãos” Vamos então iniciar um conflito religioso! Imaginem se os cristãos também reivindicassem seus direitos a instituírem 'estados' na palestina!

NOTA: A segunda diáspora iniciou-se em 70 d.c. O islam só surgiria cerca de seiscentos anos mais tarde. Portanto, não há de se admitir que os muçulmanos tenham iniciado a guerra. Dessa forma estamos falando de guerra política e não religiosa.

Os judeus mais fundamentalistas dizem que morar naquela região faz parte de uma profecia divina e que o povo judeu habitaria em Israel. “Não teria dito Deus que o mundo foi feito para que o ser humano nele habita-se?!” Embora Deus realmente tivesse essa intenção, não nos exige depreender demasiada inteligência para constatar que violência, destruição e assassinatos não estariam nos planos de Deus. Contudo, não é isso que se observa nos dias de hoje. Os israelitas arrancaram os palestinos de suas casas, dizimaram famílias inteiras e reduziram não só seus direitos mas a sua dignidade como ser humano.

Como isso ocorreu?

A idéia da partilha iniciou-se com a Declaração de Balfour, uma carta escrita em 2 de novembro de 1917 pelo então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, comentando ao Lord Rothschild sobre sua vontade de conceder ao povo judeu uma facilitação de povoação da Palestina caso a Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.

A carta foi destinada ao Lord Rothschild, presidente na British Zionist Federation foi escrita usando-se os seguintes termos:


"Caro Lord Rothschild, Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinente e por ele aprovada: `O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país. Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista”. "Arthur James Balfour."

Já em 1947, a ONU com a Resolução 181, determina a partilha da Palestina:

Resolução 181 da ONU: Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a ONU cria, em 1947, a Resolução 181. Esta resolução partilhava a Palestina, dando 53% do território para os 700 mil judeus que tinham ido para lá e deixando 47% da terra para os 5 milhões de palestinos que viviam no local desde 638 D.C. O motivo da divisão gera controvérsias. Para uns, a ONU tentava ressarcir os judeus pelo Holocausto. Para outros, o ressarcimento aos judeus seria uma desculpa para que os EUA tivessem uma base perto da URSS (a Guerra Fria já tinha se iniciado) e das grandes bacias de Petróleo. Os Judeus habitaram o local até 73 D.C., quando o Império Romano promoveu a Diáspora, expulsando os judeus de Israel. (Fonte: Wikipédia).

Em 1948, logo após o término do mandato britânico, os judeus - quase todos nascidos na Europa - instalam o Estado de Israel, com armas e dinheiro fornecidos principalmente pelos Estados Unidos e Inglaterra. Nessa ocasião começa o massacre dos israelenses contra a população civil e desarmada da Palestina, levando ao exílio mais de 800 mil palestinos. Israel então, passando por cima da Resolução 181 da ONU, ocupa pela força das armas 78% do território, avançando 22%, isto é, tomando 50% do que deveria ser o Estado da Palestina.

De 1948 para cá, os israelenses sempre faltaram com a verdade, dizendo que chegaram na região desarmados e perseguidos e lutaram contra cinco exércitos árabes e venceram.

Nota: Ora, chegaram desarmados, lutaram contra cinco exércitos árabes e ainda venceram??

Dentro da partilha determinada pela ONU, Jerusalém Oriental deve ficar com os árabes palestinos. Mas os massacres e o desrespeito aos palestinos continuam até os dias de hoje. Israel condenou o povo palestino a viver em verdadeiros guetos e campos de refugiados. Nenhum palestino pode andar de um bairro para outro sem ser revistado. Mulheres que precisam dar à luz são impedidas de chegarem aos hospitais e muitas vezes o parto acontece na própria rua. As habitações dos palestinos não podem ser aumentadas e nem construídas outras. O palestino que sai de seu território é impedido de voltar e as famílias palestinas têm sido dizimadas. O homem palestino vem perdendo a sua identidade e, por isso, a única alternativa que lhe resta é virar homem-bomba. Na verdade, nenhum palestino nasce terrorista. As condições de massacre e humilhações impostas durante anos fizeram-no agir com violência.
Fonte: Marcelo Antônio dos Santos Ferreira, presidente da FEARAB - Brasil, Federação de Entidades Árabe-Brasileiras.

Portanto, como visto, os judeus ao porem em prática a Resolução 181 da ONU, se valeram da proteção de grandes potências como os Estados Unidos e invadiram a Palestina. Tomaram não apenas 53% do território e sim quase sua totalidade. É de se compreender a revolta do povo palestino. Essa medida criada pela ONU não passava de injusta e desonesta, uma vez que 53% do território ficaria para 500 mil judeus, enquanto que 47% serviria para comprimir 5 milhões de palestinos. Como é que uma nação admitiria tal renúncia?

Imagem: Evolução da ocupação do território palestino pelos judeus.

Sem casa, com o seu país completamente desestabilizado economicamente e policamente, empobrecido e com sua dignidade ao chão, assim vêm vivendo os palestinos em campos de refugiados. Tal efeito talvez justifique o fato de que estes se sujeitem a agir como homens bomba. Não possuem força armada, não têm o direito de reivindicar, não são ouvidos e são reduzidos a nada. Esta foi portanto, a única forma que encontraram de expressar ao menos seu protesto.

Nota: Obviamente que não somos a favor dessas atitudes. Aqui estamos apenas levantando uma análise das medidas que justificam tais atos.
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