sábado, 30 de abril de 2011

Egito adverte Israel: não interfira na abertura da fronteira com Gaza!


Via: Haaretz

Chefe do Estado Maior das Forças Armadas General egípcio Sami Annan advertiu Israel contra a interferência no plano do Egito para abrir a fronteira de Rafah com Gaza em uma base permanente.

O Egito anunciou esta semana que pretende abrir permanentemente a fronteira com Gaza dentro dos próximos dias.

O anúncio indica uma mudança significativa na política sobre Gaza, que antes da insurreição do Egito, foi operado em conjunto com Israel. A abertura de Rafah, permitirá o fluxo de pessoas e bens dentro e fora de Gaza, sem autorização ou supervisão de Israel, que não tem sido o caso até agora.

Um funcionário israelense disse na sexta-feira que Israel estava preocupado com os recentes posicionamentos do Egito, dizendo que poderia afetar a segurança nacional de Israel a um nível estratégico.

O bloqueio de Israel em Gaza tem sido uma política usada em conjunto com a polícia egípcia para enfraquecer o Hamas, que governa sobre a Faixa de Gaza desde 2007.

A abertura de Rafah seria uma violação de um acordo firmado em 2005 entre os Estados Unidos, Israel, Egito e União Européia.

Antes de revolta do Egito e destituição do antigo líder, Hosni Mubarak, a fronteira entre Egito e Gaza foram fechadas. No entanto, algumas vezes a fronteira foi aberta por tempo limitado.

Momento Palestina

Isso tudo ocorre num momento importante para Palestina, onde Hamas e Fatah, intermediados pelo Egito (aliados de Israel até a revolução egípcia) estão prestes a assinar um acordo de unidade. Este acordo é importante para a Palestina e para os palestinos. Quem não gostou nada disso foi Netanyahu. Na verdade ele não gostou de nada. Da decisão para a união entre Hamas e Fatah, dos novos direcionamentos que Egito está trazendo ao país diante da causa árabe, do movimento internacional pró-Palestina, do reconhecimento do Estado Palestino por grande parte das nações..... isso merece um novo post!

Até breve.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nascer e viver em Gaza



Não é de hoje que os palestinos vêm sofrendo todo tipo de violência por parte de Israel. Desde a partilha de 1948 vem sofrendo ataques, mortes e destruição. Apesar de tudo isso, os palestinos estudam, se formam, os jovens preparam-se para o casamento, constituem famílias, as mães levam seus filhos às escolas, e a vida vai seguindo como pode.

Ouvi uma frase semanas atrás em que diz assim: “A mãe palestina é a mãe mais forte do mundo. Todos os dias prepara o seu filho para escola, sem sabe ao certo se ele voltará”. Isso é verdade.

Desde que a Palestina se tornou obsessão Israelense, as pessoas daquela terra sofrem diariamente com perseguição, violação do direito de ir e vir, repressão, opressão, abuso, exploração, humilhação, sem falar da burocracia, já que em todos os lugares existem checkpoints israelenses.

A burocratização e a violação do direito de ir e vir, além de toda a escassez de direitos fez com que os palestinos de Gaza sofressem com a precariedade dos serviços de saúde. Pessoas que precisam de um tratamento de saúde, seja uma cirurgia ou até mesmo um tratamento mais especializado encontram dificuldades enormes, pois precisam de inúmeros documentos além de autorização para poderem seguir para outras cidades onde haja hospitais com os serviços necessários. Nem todos agüentam tanta burocracia e morrem.

O vídeo adiante mostra um pouco dessa história.



Al Jazeera

Assista o vídeo completo no youtube.

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Últimas notícias sobre Egito - Mubarak atrás das grades


Foi preso ontem o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak. Foram presos também seus dois filhos Alaa e Gamal. Todos sob a acusação de abuso de poder, corrupção, tortura e pela morte de manifestantes na revolução egípcia.

Abaixo, alguns vídeos que mostram as razões para que Mubarak seja condenado.













Este último vídeo mostra um resumo das razões que levaram à revolução e imagens da revolução.


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quarta-feira, 6 de abril de 2011

OEA e BRASIL, Yes we did!



Did uma grande merda, isso sim! Depois de receber Obama no Brasil com honras de “chefe do mundo” (que vergonha) saboreamos agora o gosto amargo da arrogância de outros, como a OEA - Organização dos Estados da América, por exemplo.

Apesar de não sabermos exatamente qual o nível de interferência dos Estados Unidos sobre a OEA é preciso vigilância. Anos atrás a Organização era profundamente influenciada pelo imperialista norte-americano. Hoje, entretanto, o que se percebe é que a OEA perdeu totalmente a sua representatividade e acho que até o rumo.

Ontem vi a notícia de que a OEA – Organização dos Estados da América EXIGIU a paralisação das obras na usina de Belo Monte. “A decisão da OEA é um alerta para o governo e um chamado para que toda a sociedade brasileira discuta amplamente este modelo de desenvolvimento autoritário e altamente PREDATÓRIO que está sendo implementado no Brasil”, disse Andressa Caldas, diretora da Justiça Global. Tá certo que o Brasil é um estado-membro da OEA... como se isso significasse alguma coisa. A propóstio, Andressa Caldas disse predatório? Os Estados Unidos é um dos países mais poluentes do mundo e ainda não assinou o tratado de Quioto! Quem é o predatório?

A OEA é uma organização internacional estabelecida em 1948 para obter entre seus Estados membros “uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”. Hoje ela compreende os 35 Estados independentes das Américas e constitui o principal fórum governamental político, jurídico e social do Hemisfério. A Secretaria Geral é o órgão central e permanente da OEA. A sede, tanto do Conselho Permanente como da Secretaria Geral, do Edifício Administrativo, do Museu de Artes da Américas e da La Casita é a cidade de Washington, Estados Unidos.

Quero deixar claro que é importante sim para o Brasil avaliar profundamente os impactos que estes projetos podem provocar ao ambiente, em especial aos brasileiros que residem em suas proximidades, como é o caso dos povos indígenas da região.

O que não pode acontecer é a posição autoritária da OEA diante de um assunto que a SOBERANIA brasileira já decidiu. Não cabe à OEA EXIGIR nada. Ninguém pode exigir coisa alguma do Brasil, a não ser os próprios brasileiros.

Diante do ocorrido o Itamaraty, apesar de não ter mandado a OEA ir “catar coquinho” foi incisivo: “O Governo brasileiro, sem minimizar a relevância do papel que desempenham os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos, recorda que o caráter de tais sistemas é subsidiário ou complementar, razão pela qual sua atuação somente se legitima na hipótese de falha dos recursos de jurisdição interna.”

Enquanto isso, estimulada pelo espírito desse nosso novo relacionamento, divulgo o primeiro vídeo da propaganda eleitoral de Barack Obama para reeleição de 2012. Nosso petróleo já está lá!


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Goldstone, que raios é isso?





É Goldstone pra lá Goldstone pra cá. Essa semana vimos e continuamos vendo muitas notícias sobre esse tal Goldstone. Não é uma pedra de ouro não, é o nome do ex-líder do grupo de investigação da ONU sobre os conflitos na faixa de Gaza, Richard Goldstone.
  
O sul-africano Goldstone, em artigo publicado pelo The Washington Post teria dito estar ARREPENDIDO por parte das considerações apresentadas no relatório sobre a guerra levantada por Israel contra Gaza em 2009/2010.
  
Mais essa da ONU! Já não bastava a completa incompetência da Organização para tratar de assuntos internacionais, que dirá sobre Direitos Humanos, e agora aparece com essa lamúria fútil e infundada do tal homem de ouro, pedra de ouro, o Goldstone lá.
  
Só sendo mesmo um grande demente (como Netanyahu) para alegar infundadas as provas e alegações da ONU sobre os crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza. Os números provam por si só. Foram mais de 1.400 palestinos mortos. Hospitais cheios de feridos foram bombardeados, ambulâncias, residências... fósforo branco foi usado para atacar civis, crianças, de dia, de noite, não importava. Para quem não sabe, o uso de fósforo branco é proibido pelas leis internacionais.
  
Mais demente ainda está sendo o Goldstone por agora mudar de idéia sobre o relatório que ele mesmo conduziu, dizendo inclusive que este contém erros. Quando da publicação deste relatório Goldstone concedeu inúmeras entrevistas reafirmando e defendendo sua posição sobre o relatório. Mas agora mudou de idéia. Deveria ser demitido na hora. Não por errar, mas por mentir.
  
Agora com essa palhaçada do "Stonegold", Israel está exigindo a anulação do relatório. Hipócrita! Não que o relatório vá levar grandes resultados para Palestina/Gaza, já que o ciclo vicioso da ONU retratado pela sua incapacidade de conduzir os assuntos de Direitos Humanos, será visto pelo mundo quando Estados Unidos vetar a resolução que provavelmente pedirá o julgamento deste processo no Tribunal Internacional Penal, se é que chegará em vias de.

E só para lembrar, um dos milhares de vídeos que podem ser encontrados no Youtube sobre os ataques de Israel em Gaza. Este, em particular, mostra um ataque israelense usando fósforo branco sob a UNRWA - Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos. Pois é, até a ONU foi atacada. Muito hilário isso!




Principais conclusões do Relatório de Goldstone
  • As forças israelenses COMETERAM violações de direitos humanos e do Direito Internacional Humanitário que constituem crimes de guerra e possivelmente crimes contra a humanidade. As investigações de numerosos ataques letais contra civis ou contra alvos civis REVELARAM que esses ATAQUES foram INTENCIONAIS e que alguns tinham o PROPÓSITO de DISSEMINAR o TERROR no seio da população civil, sem qualquer objetivo militar, e que as forças israelenses usaram civis palestinos como escudos humanos.
  • As forças israelenses COMETERAM graves violações à Quarta Convenção de Genebra, nomeadamente HOMICÍDIO INTENCIONAL, TORTURA e TRATAMENTO DESUMANO, CAUSANDO intencionalmente grande sofrimento ou danos graves ao corpo ou à saúde, além da destruição de bens, não justificada por necessidades militares e EXECUTADA de forma ilegal e arbitrária. Tratando-se de violações graves, esses atos dão origem a responsabilidade criminal individual.
  • Israel não cumpriu seu dever de respeitar o direito da população de Gaza a uma adequada condição de vida, incluindo acesso a alimentação adequada, água e habitação. Atos que privam os palestinos na Faixa de Gaza dos seus meios de subsistência, emprego, habitação e água, que negam a sua liberdade de movimento e seu direito de sair e entrar no próprio país e que limitam o seu acesso a reparação efetiva poderiam constituir perseguição - um crime contra a humanidade.
  • Grupos armados palestinos violaram o princípio da distinção lançando foguetes e morteiros que não podem ser dirigidos precisamente a alvos militares e seus ataques a áreas civis que não visavam alvo militar constituíram ataques deliberados contra civis. Tais ataques configuram crimes de guerra e podem constituir crimes contra a humanidade.
  • Combatentes palestinos nem sempre distinguiram-se adequadamente da população civil, expondo desnecessariamente os civis a perigos quando lançaram ataques nas proximidades de edifícios civis ou protegidos.
  • A comissão de investigação não encontrou evidência de que os grupos armados palestinos tenham conduzido civis a áreas sob ataque ou que tenham forçado civis a permanecer nas proximidades, nem que instalações hospitalares hospital tenham sido usadas como escudo pelo governo de-facto do Hamas ou por grupos armados palestinos ou que ambulâncias tenham sido usadas para transportar combatentes ou ainda que grupos armados palestinos tenham realizado atividades de combate dentro de hospitais ou que instalações da ONU tenham sido usadas como escudos.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Oferta do dia: Yemen. Estados Unidos paga à vista




Você já se perguntou por que é que Estados Unidos se envolve tanto nos assuntos do Oriente Médio? Será que a preocupação americana com a questão humanitária aflora a cada levante árabe (ainda mais agora com tantas revoluções) e transcende em generosidade?

Com a atuação tão generosa na Líbia, sem nos esquecermos, é claro, de sua imensa preocupação com o Egito na ocasião da revolução (que ainda não acabou), Estados Unidos quer também levar seus préstimos ao Yemen, parceiro de longos anos.

O presidente do Yemen, Ali Abdullah Saleh, sempre teve o APOIO (fornecimento de armas) dos Estados Unidos porque era considerado um ALIADO (permissão ao exército americano e CIA para atacar Al Qaeda) na luta contra o terrorismo. Mas agora que as coisas tomaram novos rumos, a posição norte-americana mudou, leia-se: “Sr. Ali Abdullah Saleh, você não nos serve mais!”

Porque, líder que é líder, presidente que é presidente, tem que saber seguir as “orientações” norte-americanas. Assim como ao Presidente do Egito, os Estados Unidos sugeriu inúmeras vezes que o Presidente do Yemen transferisse o poder. Não que o espírito democrático tenha falado mais alto, é que sustentar uma falsa democracia pode durar muito mais tempo que uma ditadura declarada/permanente.

Essa novela eu já vi! Cena: revolução no Egito; personagens: Hillary Clinton e Hosni Mubarak; diálogo, quer dizer, monólogo: “queremos uma transição ordenada para um governo democrático”. Mubarak apesar de ser um grande ator era só o figurante nesta cena.

No Yemen, discute-se a possibilidade do presidente entregar o poder a um Governo provisório liderado por seu vice. Estuda-se também a possibilidade de Saleh e sua família seguirem para outro país. Arábia Saudita?

Arábia Saudita, isso sim é que é lugar! Porto seguro, refúgio dos presidentes árabes depostos, amigo dos Estados Unidos nas horas vagas e nas horas ocupadas também.

Na Arábia Saudita, não cabe revolução, não dá, não pode! No país de Meca, protestos são proibidos. Pra quê protestar! Arábia Saudita é o maior produtor petrolífero do mundo. Um país com cara árabe e que veste ocidente, tal qual Kuwait, Qatar, Bahrein, também grandes produtores de petróleo.

A propósito, o rei saudita acusou o Irã de interferir nos assuntos dos países árabes do Golfo em reação a uma declaração iraniana que criticava o reino por "brincar com o fogo" com o envio de tropas ao Bahrein. Grupos de oposição no Bahrein também realizaram protestos contra o governo e, claro, foram reprimidos. Em sua ajuda ao império de Bahrein, o rei saudita enviou tropas para auxiliá-lo no controle das manifestações. Então, não, no Bahrein também não pode! Revolução é coisa pra Tunísia, Egito, Líbia, Síria, Yemen... no Bahrein não.

Pois bem, o entendimento é o seguinte: Arábia Saudita que interfere no Bahrein critica Irã por interferir nos países árabes do Golfo, amigos dos Estados Unidos que interferiu na Líbia e agora quer interferir no Yemen.

Entendeu?

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sábado, 2 de abril de 2011

Países que já reconheceram o Estado da Palestina



Cerca de 116 países/estados/nações já reconhecem o Estado da Palestina. Todos os países marcados na cor verde escura demonstram a posição e a unanimidade mundial. A onu tem em seus registros 192 Estados-membros, ou seja, cerca de 60% dos países já reconhecem o Estado da Palestina. O que será que ainda está faltanto?

O ano de 2011 ainda promete. Muitos países já afirmaram que irão seguir os demais exemplos e reconhecer o Estado da Palestina. Esta é a lista provisória:

Liga Árabe
1. Arábia Saudita
2. Argélia
3. Bahrein
4. Comores
5. Djibouti
6. Egito
7. Emirados Árabes Unidos
8. Iémen/Iêmen
9. Iraque
10. Jordânia
11. Kuwait
12. Líbano
13. Líbia
14. Mauritânia
15. Marrocos
16. Omã
17. Qatar
18. Somália
19. Sudão
20. Tunísia
21. Síria

África
1. Angola
2. Benim
3. Botswana
4. Burkina Faso
5. Burundi
6. Cabo Verde
7. Camarões
8. Chade
9. Etiópia
10. Gabão
11. Gâmbia
12. Gana
13. Guiné
14. Guiné-Bissau
15. Guiné Equatorial
16. Madagáscar
17. Mali
18. Maurícia
19. Moçambique
20. Namíbia
21. Níger
22. Nigéria
23. República Centro-Africana
24. República do Congo
25. República Democrática do Congo
26. Ruanda
27. São Tomé e Príncipe
28. Senegal
29. Seychelles
30. Serra Leoa
31. Suazilândia
32. Tanzânia
33. Togo
34. Uganda
35. Zâmbia
36. Zimbabwe

Ásia
1. Afeganistão
2. Brunei
3. Butão
4. Camboja
5. China
6. Coreia do Norte
7. Filipinas
8. Índia
9. Indonésia
10. Irã
11. Laos
12. Malásia
13. Maldivas
14. Mongólia
15. Nepal
16. Paquistão
17. Sri Lanka
18. Vietname

Europa
1. Albânia
2. Áustria
3. Bielorrússia
4. Bósnia e Herzegovina
5. Bulgária
6. Chipre
7. Hungria
8. Malta
9. Montenegro
10. Polónia
11. República Checa
12. Roménia
13. Rússia
14. Sérvia
15. Turquia
16. Ucrânia
17. Vaticano

Américas
1. Argentina
2. Bolívia
3. Brasil
4. Costa Rica
5. Cuba
6. Equador
7. Guiana
8. Nicarágua
9. Venezuela
10. Chile
11. Uruguai

Oceania
1. Vanuatu
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Israel pretende eliminar língua árabe

Via: Al Arabiya 

Sendo o principal componente da identidade palestina e da prova da sua ligação à terra, a língua árabe sempre foi uma fonte de preocupação para Israel, que tem por um longo tempo estado engajado em tentativas de eliminar o patrimônio não hebraico do país.

O governo e a sociedade israelense em geral têm apelado para a marginalização da língua árabe, usada por cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem em Jerusalém e em outras cidades. Na educação, diversos estudos israelenses revelaram que os alunos das escolas hebraicas menosprezam as aulas da língua árabe.

Como parte dos esforços em curso para cancelar o estatuto oficial da língua árabe em Israel, o parlamentar Aryeh Eldad apresentou um projeto de lei que pede a remoção da língua árabe como segunda língua, depois de hebraico.

Eliminação da identidade árabe

"Nos últimos dois anos, o Knesset (parlamento israelense) vem discutindo várias propostas que reforçam a identidade hebraica e eliminar a língua árabe é uma prioridade a este respeito."
Professor Árabe-israelense Mohamed Emara

A proposta está em conformidade com as políticas de Israel em que tudo gira em torno da obliteração progressiva da identidade palestina, disse o professor Mohammed Emara.

Emara explicou ainda que a situação representa uma grave ameaça para a identidade judaica a partir do ponto de vista do governo de Netanyahu extrema-direita.

"Houve pressão popular para remover os sinais de trânsito em árabe ou apenas escrever uma transliteração de nomes árabes em hebraicos. Além disso, vários empregados e trabalhadores foram pressionados a parar de falar em árabe durante as horas de trabalho."

Conseqüências graves

Emara advertiu que se o projeto for aprovado e a língua árabe se tornar apenas mais uma língua de comunicação, não é apenas a identidade palestina que estará ameaçada, mas também a vida cotidiana dos palestinos que vivem em Israel, muitos dos quais não falam hebraico.

"Os palestinos que não conhecem hebraico não vão chegar aos seus destinos, pois não serão capazes de ler os sinais em hebraico e não serão capazes de ler os documentos oficiais.”

"Se o projeto não for aprovado, isso não será porque o governo de Israel se preocupa com sua população árabe, mas só para evitar críticas severas por parte da Comunidade Internacional para as práticas racistas".

"Existe uma regra simples: você nutre uma língua ao usá-la. Temos que usar nossa língua árabe em todos os aspectos de nossas vidas"
Professor Árabe-israelense Mohamed Emara

A respeito das maneiras de resistir contra a marginalização da língua árabe, Emara sugeriu que as autoridades locais em cidades predominantemente árabes insistam em usar a língua na comunicação com os residentes, que lutem por manter os sinais de trânsito em árabe e instigar os proprietários de lojas e restaurantes de usar sinais árabe.

"É importante também lançar uma série de programas de conscientização e cultural."

Emara elogiou os esforços das organizações árabes em Israel que fazem questão de usar a língua árabe em correspondências e programas.

"Existe uma regra simples: você nutre uma língua ao usá-la. Temos que usar nossa língua árabe em todos os aspectos de nossas vidas. Isso significa dizer que podemos resistir às tentativas de apagar a nossa identidade e nossa existência.”

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