Pelo simples motivo de que o território Palestino compreende a totalidade do território e não apenas os limites demarcados pela guerra dos seis dias (1967).
Ao concordar com os limites de 1967, Mahmoud Abbas estará admitindo a partilha, a permanecia de Israel na região, conferindo o direito do Estado sionista de governar e de subtrair direitos palestinos legítimos, além de estar possibilitando os planos de expansão sionista, e principalmente ignorando a morte de milhares de palestinos, egípcios, jordanianos, sírios, entre outros, por ocasião das guerras que ocorreram desde 1947, que submeteram ao estado de refúgio milhares de palestinos desde então.
Obviamente que ninguém gosta de viver em guerra, no entanto, o povo palestino que já está calejando de tantas guerras e conflitos, não está de acordo com o pedido de Mahmoud Abbas. A população, na verdade, em sua maioria, está totalmente dividida entre aqueles que não concordam e aqueles que não têm ainda uma opinião formada sobre o assunto.
O reconhecimento do Estado Palestino, como está sendo solicitado essa semana, não irá garantir a paz na região. Caso isso venha a ocorrer, o que se conseguirá será apenas uma bandeira palestina hasteada na ONU, conforme mencionou o líder do Hamas essa semana. Na prática o bloqueio continuará e a humilhação também. Ter que admitir a existência do Estado israelense e ainda ter que dividir o território será para sempre motivo de derrota e humilhação, caso o Estado Palestino de acordo com as fronteiras de 67 seja reconhecido.
Por mais que Israel venha se mostrando descontente e contrariado com a iniciativa de Mahmoud Abbas, ao levar o pedido do reconhecimento à ONU, o Estado sionista deve considerar a sempre e fiel ajuda dos Estados Unidos, que de bobo não tem nada. E claro que o Estado sionista sabe bem disso, afinal de contas, Israel somente veio a existir em função das estratégias dos governos francês e britânico e atualmente pela ajuda e parceria do imperialista norte-americano.
Assim, eu voto NÃO ao reconhecimento do Estado Palestino nos limites de 1967 e SIM ao reconhecimento do Estado Palestino nos limites de 1947.
Hoje e sempre: “Não à existência do Estado sionista israelense e sim à auto-determinação, justiça e liberdade Palestina”.
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