terça-feira, 29 de novembro de 2011

365 dias de solidariedade ao povo palestino


Fonte: Google imagens (mães e crianças palestinas).

Não é necessário um dia, em exclusivo, para ser solidário ao povo palestino. Sou solidária ao povo palestino todos os dias.

O sofrimento desse povo e ao mesmo tempo a força e resistência fez brotar em mim sentimentos patrióticos que não conhecia.

É fácil classificar um palestino que defende o seu país e seus direitos como um terrorista. Difícil é compreender sentimento tão profundo e escasso no meio de tantos.

O que Israel e Estados Unidos ainda não compreenderam é que o povo palestino é um povo que tem força. Resiste às pressões, que não são poucas, e sobrevive às constantes e diárias ameaças do movimento sionista.

Dessa forma, já que criaram o dia da solidariedade ao povo palestino, dedico esse dia às mães palestinas que geram seus filhos para um futuro inserto. Que permitem que seus filhos saiam de casa para as escolas sem terem a certeza de que irão voltar. Às mães que visitam seus filhos em cadeiras israelenses, inclusive crianças, sem terem conhecimento do dia em que serão libertados. Verdadeiras guerreiras e lutadoras! Algumas geram filhos para a morte, pois não haveria de ser diferente, já que a honra e a dignidade são legados familiares passados de geração em geração. Não posso deixar de mencionar as crianças palestinas, que nasceram e vivem com a guerra, e aquelas que viveram com ela.

Às mães e crianças palestinas que enchem o google imagens de fotos chocantes, anunciando uma realidade cruel e injusta, quando pesquisamos a expressão mães e crianças palestinas, ao contrário do resultado quando pesquisamos mães e crianças americanas e israelenses.


Fonte: Google imagens (mães e crianças americanas e israelenses).

O futuro da Palestina depende de vocês. Por isso, posso dizer que sou solidária ao povo palestino todos os dias, especialmente solidária às mães e crianças, esperança de dias melhores e da tão sonhada liberdade.

Oriente-se.

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Notícias sobre o Egito em imagem e vídeo


Assim foi o sábado passado no Egito.




Com isso a polícia e o exército atacaram e continuam atacando os manifestantes.


Fonte: Al Jazeera.

Por isso, a praça Tahrir está assim hoje.





Os manifestantes não irão sair de lá até que o Conselho Militar entregue o poder aos civis.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Egito: derrubar Presidente é fácil, difícil é derrubar o sistema




Outro dia vi um vídeo/documentário, em que manifestantes que haviam participado dos protestos no Egito se lamentavam pelos direcionamentos que a “revolução” egípcia tomou. “Eles roubaram a revolução de nós” diziam.

O Egito é um dos principais países do Oriente Médio, para não dizer o principal. Por conta disso, é visado por potências ocidentais, leia-se Estados Unidos. Porque é de interesse norte-americano que o sistema político egípcio esteja de acordo com o seu. Com isso, sustenta-se uma “paz” fantasiosa com Israel e um equilíbrio mentiroso de ideais com outros países do Oriente Médio.

Não bastasse o total despropósito do presidente deposto Hosni Mubarak em governar o Egito durante 30 anos, e ainda almejar lançar seu filho corrupto à sucessão, está agora, Conselho Militar fazendo as vezes da casa.

Sabe aquela frase: “o sistema é bruto!” É bruto mesmo. Até o poder militar egípcio, que antes era visto como uma alternativa para o processo de transição no Egito pós-revolução, está saindo pior, bem pior que o encomendado.

Com o que parecia “fim” da revolução falou-se em eleição para formação de um novo parlamento, de um sucessor à presidência e que esse processo levaria em torno de seis meses. Já passamos de nove. O complicado processo eleitoral para o parlamento tem data prevista para iniciar no próximo dia 28 de novembro. A eleição para Presidente, que ainda não tem data definida, poderá ocorrer até o final de 2012.

Você pode achar estranha a afirmação de que a revolução foi roubada dos egípcios. De fato. Até porque, eles derrubaram Hosni Mubarak. Quem então rouba uma revolução? E como?

O Conselho Militar tem seguido os mesmos caminhos de Hosni Mubarak. No Egito, absolutamente nada mudou. Tudo não passa de fantasia, de mentira. É como se Hosni Mubarak ainda estivesse no poder. Até quando?

É certo dizer que o mundo vê o Egito hoje como o país que derrubou seu presidente. Mas é certo dizer também que os egípcios não conseguiram derrubar o sistema. O Conselho Militar propôs recentemente garantias de legitimidade constitucional aos militares. Há quem diga que os soldadinhos querem perpetuar no poder. Por isso, cabe aqui a frase grafada em um faixa de um manifestante na praça Tahrir: “Egito, nosso país não é um quartel”.

Não é só uma questão interna. O problema, dentre tantos outros que o Egito possui, é externo. Não é de hoje que o Estado norte-americano tenta impor sua vontade sobre o Egito. Penso, inclusive, que a ideia de lançar o Conselho Militar egípcio ao comando do país não passou de um plano criado por Estados Unidos. Uma bela alternativa para o problema da revolução. O comandante-chefe das forças armadas, Hussein Tantaoui, e atual Presidente do Conselho Supremo Militar, foi, além de protegido de Mubarak, ministro da defesa de 1991 a 2011.

O povo egípcio acreditou que ao assumir o poder, o Conselho Militar lhes atenderiam as reivindicações feitas. De todas as reivindicações, tem-se apenas a renúncia de Mubarak. Nem o fim do estado de emergência, tão reivindicado, foi conseguido. No início suspenderam, depois com uma justificativa esfarrapada de manter a segurança e a ordem, retomaram.

Apesar de tudo, o “sistema” egípcio ainda não entendeu que o povo mudou. Eles podem até se segurarem no poder, mas não por muito tempo. A praça tahrir está ocupada novamente. Embora a iniciativa de voltar às ruas e aos protestos tenha partido dos grupos islâmicos descontentes com as novas regras para a candidatura eleitoral, outros grupos aderiram ao chamado. As reivindicações são praticamente as mesmas de antes, fim do sistema, do estado de emergência, mas principalmente que o Conselho Militar passe o poder para os civis.



E como tudo está como antes [ou quem sabe pior] a resposta do governo não foi diferente. A polícia egípcia, agora com apoio dos militares, abriu fogo contra os manifestantes. Desde sexta-feira passada inúmeros confrontos têm sido visto por todo o Egito. Tudo me lembrou os protestos de janeiro e fevereiro, com direito a cassetetes, bombas de gás lacrimogêneo, tiros, espancamentos, inclusive com pessoas sendo puxadas pelos cabelos. Até agora 24 pessoas morreram e centenas estão feridas.







Mortos e feridos nos confrontos de sábado.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A prostituição da Liga Árabe e a conspiração em torno da Síria, não se engane o alvo é o Irã




É nojenta e imoral a relação política que os Estados Unidos mantêm com a Liga Árabe.

A propósito, a Liga Árabe nunca foi exemplo de organismo idôneo. Suas ações desde sempre se basearam em decisões políticas que beneficiaram posições ditatoriais e interesses externos.

Antes que você pense que estou perseguindo os Estados Unidos, posso afirmar que SIM, declaradamente.

Havíamos dito aqui que o Governo Sírio firmou acordo com a oposição. Contudo, Estados Unidos, descontente com os novos direcionamentos, tratou de fomentar a violência e provocar o fim do pacto. Comenta-se que a porta-voz norte-americana, Victoria Nuland, encorajou os grupos armados a não entregar suas armas e a seguir com os confrontos até que Bashar al-Assad saísse do poder. Uma manobra para boicotar o acordo do Governo firmado com a liga árabe. Deu certo.

A liga árabe é formada por todos os países árabes dos quais destacam-se: Arábia Saudita, Bahrain, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Kuwait, Líbano, Líbia, Omã, Qatar, Síria.

Arábia Saudita, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Qatar, são países ricos e possuem as maiores reservas de petróleo do mundo. São, além dos principais fornecedores de petróleo dos Estados Unidos, também fortes aliados deste. Todos votaram a favor da suspensão da Síria.

Do grupo, apenas Líbano e Iêmen votaram contra. Líbano porque sabe das reais intenções da proposta e Iêmen porque foi abandonado pelos Estados Unidos diante da revolta popular que ocorre no país. Assim como ocorreu com a Tunísia, Egito e líbia, o Governo americano “exigiu” (ele exige!) que o Presidente do Iêmen saia do poder. A propósito, até pouco tempo eram grandes aliados.

Porque desestabilizar a Síria?

Porque atacar o Irã será mais fácil. A Síria faz fronteira com o Estado sionista (Israel) e em inúmeras vezes Ahmadinejad afirmou que acabaria com Israel caso sofresse alguma ofensiva. Síria e Irã são aliados. Ou seja, com Bashar al-Assad fora, e claro, tendo a Síria sob domínio externo, direta ou indiretamente, tal qual fizeram com o Iraque, o ataque ao Irã é praticamente certo.

Essa semana Rússia e China já se adiantaram e afirmaram que, caso o Conselho de Segurança da ONU proponha a votação para um possível ataque ao Irã, vetarão. Com pelo menos um veto qualquer medida é suspensa.

Obviamente que estão sendo, por hora, sensatos. Mas não me iludo. As artimanhas do imperialista norte-americano e do Estado sionista são muitas e eles não medirão esforços para provocar o consentimento desejado.



Oriente-se
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Estados Unidos e Israel ameaçam Irã. De novo? Já ouvi essa história!



Isso tá parecendo novela. Nesse caso, com atores israelenses, Estados Unidos articula ataque contra o Irã.

Quem ainda acredita que Israel “sozinho” está corajosamente se habilitando a enfrentar o Irã? Ninguém!

Só para destacar, o Estado sionista está localizado entre Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Tá certo que Jordânia e Egito se tornaram digamos “aliados” de Israel, mas Líbano e Síria não. A propósito Líbano na última guerra travada contra Israel não se deu por derrotado, pelo contrário, Israel teve que se retirar do território libanês. A Síria, apesar dos problemas internos com o atual Presidente, Bashar al-Assad nunca escondeu seu repúdio pelo Estado sionista.



Então, retomando. Israel pretende atacar Irã. Já ouvimos notícias como essa no ano passado e em anos anteriores. De fato não é recente. Acontece que estão (Israel e Estados Unidos) articulando para as vias de fato. No fundo eles sabem que atacar o Irã não é uma boa ideia. O então Presidente iraniano já declarou repetidas vezes que se isso ocorrer irá reduzir Israel a pó.

Como Estados Unidos já tem várias guerras nas costas, está usando a “disponibilidade” israelense para ameaçar Irã e principalmente preparar a opinião pública. A estratégia é mais ou menos essa. Fala-se sobre algo relevante, como é o caso da preocupação do ocidente com relação ao enriquecimento de urânio no Irã, mas no fundo isso pouco importa. E digo mais, é provável que, se ocorrer uma guerra entre os países, não se prove a intenção do Governo Iraniano em fabricar as tais armas nucleares. Isso não tá parecendo Estados Unidos e Iraque?

O Iraque foi atacado por Bush com a justificativa de que Saddam Hussein escondia armas de destruição em massa. Após algum tempo confirmou-se que de fato não havia tais armas no Iraque. No entanto a guerra durou anos e a intervenção americana em solo iraquiano ainda está presente. Houve uma desestabilização no Iraque, Saddam Hussein foi condenado à morte (lembra do al-Gaddafi na Líbia? o cenário foi outro mas a intenção foi a mesma) e a política, bem como, economia iraquiana está sob a “influência” norte-americana.

Em resumo...

De novo, não se pode afirmar que Irã tem intenção de construir bombas atômicas.

De novo, não se fala sobre o fato de Estados Unidos possuir o maior arsenal nuclear do mundo. Israel está entre os primeiros também.

De novo, não se considera o fato de Israel se quer ser signatário do Tratado de Roma, que prevê, entre outras questões, o julgamento e punição de países acusados de crimes de guerra e contra a humanidade no Tribunal Internacional Penal.

A IAEA disse hoje em relatório que Irã pretende construir arma nuclear. Ahmadinejad, no entanto, afirma que isso não é verdade. Ah! Já ia me esquecendo, a AIEA é um organismo da ONU, escritório dos Estados Unidos.

É até provável que essa guerra aconteça. É provável também que Israel sofra as conseqüências por isso. Eu pessoalmente desejo que essas conseqüências beneficiem não apenas o Estado Palestino, mas todo o Oriente Médio.

Oriente-se.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Síria aceita o plano proposto pela Liga Árabe - Estados Unidos e Israel ameaçam Irã



A aprovação da Síria foi anunciada durante uma conferência realizada no Cairo.

O acordo inclui a interrupção de todos os atos de violência, a libertação de todos os prisioneiros que foram detidos por causa da crise, o desarmamento e a liberdade de imprensa às organizações da Liga Árabe e organizações internacionais.

A opinião pública síria parece estar de acordo com o plano. Analistas dizem que o fim da violência será o passo fundamental para um diálogo construtivo entre o Governo Nacional e os membros da Oposição.

Centenas de milhares de sírios marcharam na cidade síria de Tartous para expressar apoio à decisão. Gritavam slogans rejeitando a intervenção estrangeira e saudavam o exército sírio. Pedem agora pelo fim da instabilidade, a fim de que o país volte a desfrutar de segurança e estabilidade.

Será por isso que Estados Unidos e Israel agora ameaçam o Irã?

Descontentes com o acordo do Governo Sírio, já que não haverá mais fundamento para uma intervenção, tal qual realizada na Líbia, os imperialistas procuram uma maneira de manter o regime operante. Apesar do barulhinho que fizeram hoje, tudo não passa de sonoros latidos, aqueles que os cães vira-latas conhecem bem.

Em resposta à ameaça o site iraniano Presstv anunciou, na visão de Salami Ismail, analista político:
"Pouco importa por que razão a idéia de atacar o Irã foi articulada nas mentes dos israelenses ou quem foi o autor inicial desta noção imbecil. O que é importante é que um ataque israelense não só perturba o equilíbrio político no Oriente Médio, mas vai causar prejuízos de proporções inconcebíveis sobre a entidade sionista também. Um ataque militar de Israel contra o Irã é o equivalente a um prego final no caixão da sionismo."

Fonte: Presstv
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