terça-feira, 15 de novembro de 2011

A prostituição da Liga Árabe e a conspiração em torno da Síria, não se engane o alvo é o Irã




É nojenta e imoral a relação política que os Estados Unidos mantêm com a Liga Árabe.

A propósito, a Liga Árabe nunca foi exemplo de organismo idôneo. Suas ações desde sempre se basearam em decisões políticas que beneficiaram posições ditatoriais e interesses externos.

Antes que você pense que estou perseguindo os Estados Unidos, posso afirmar que SIM, declaradamente.

Havíamos dito aqui que o Governo Sírio firmou acordo com a oposição. Contudo, Estados Unidos, descontente com os novos direcionamentos, tratou de fomentar a violência e provocar o fim do pacto. Comenta-se que a porta-voz norte-americana, Victoria Nuland, encorajou os grupos armados a não entregar suas armas e a seguir com os confrontos até que Bashar al-Assad saísse do poder. Uma manobra para boicotar o acordo do Governo firmado com a liga árabe. Deu certo.

A liga árabe é formada por todos os países árabes dos quais destacam-se: Arábia Saudita, Bahrain, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Kuwait, Líbano, Líbia, Omã, Qatar, Síria.

Arábia Saudita, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Qatar, são países ricos e possuem as maiores reservas de petróleo do mundo. São, além dos principais fornecedores de petróleo dos Estados Unidos, também fortes aliados deste. Todos votaram a favor da suspensão da Síria.

Do grupo, apenas Líbano e Iêmen votaram contra. Líbano porque sabe das reais intenções da proposta e Iêmen porque foi abandonado pelos Estados Unidos diante da revolta popular que ocorre no país. Assim como ocorreu com a Tunísia, Egito e líbia, o Governo americano “exigiu” (ele exige!) que o Presidente do Iêmen saia do poder. A propósito, até pouco tempo eram grandes aliados.

Porque desestabilizar a Síria?

Porque atacar o Irã será mais fácil. A Síria faz fronteira com o Estado sionista (Israel) e em inúmeras vezes Ahmadinejad afirmou que acabaria com Israel caso sofresse alguma ofensiva. Síria e Irã são aliados. Ou seja, com Bashar al-Assad fora, e claro, tendo a Síria sob domínio externo, direta ou indiretamente, tal qual fizeram com o Iraque, o ataque ao Irã é praticamente certo.

Essa semana Rússia e China já se adiantaram e afirmaram que, caso o Conselho de Segurança da ONU proponha a votação para um possível ataque ao Irã, vetarão. Com pelo menos um veto qualquer medida é suspensa.

Obviamente que estão sendo, por hora, sensatos. Mas não me iludo. As artimanhas do imperialista norte-americano e do Estado sionista são muitas e eles não medirão esforços para provocar o consentimento desejado.



Oriente-se
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Daniele El Seoudi.

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