terça-feira, 20 de abril de 2010

A ONU e o seu papel



A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.

As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda .
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Conforme visto, a ONU tem por objetivo manter a paz e a segurança mundial, estabelecer relações cordiais entre nações, entre outros.

Algumas pessoas têm se perguntado: Mas o que efetivamente a ONU tem feito? Respondo: Nada! Ou melhor, monitorar internacionalmente e manter o controle do comércio do Pau-rosa (árvore brasileira), de algumas plantas de madagascar, alguns lagartos e sapos da América Central e salamandras do Irã.


Mas e os conflitos e guerras, em especial do oriente médio? Nada! A ONU, infelizmente a cada dia vem se mostrando numa inércia ridícula. Debaixo das vistas do Estados Unidos, a ONU não tem autonomia nenhuma para agir. Se quer conseguiu fazer Israel cumprir as resoluções a ele imputadas.

E esta completa 'vista grossa' tem custado a vida de muitos. Tem permitido pisar sob os direitos humanos (supostamente defendidos), tem feito, inclusive, a concretização de uma completa má impressão de suas reais inteções em estabelecer a paz na Palestina, por exemplo.

O fato é que a ONU não decide nada, não faz nada e não tem poder decisório nenhum.

Para entender melhor
- A ONU possui dois níveis básicos de decisões: a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança. A primeira conta com a participação de todos os membros (192 países) e uma decisão é tomada com o aval da maioria. O segundo é formado por quinze países membros, desses, cinco possuem participação permanente e dez participação rotativa, ou seja, não são membros fixos e permanentes. Os membros permanentes detêm o poder de veto, são eles: Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China.

Esse é o ponto: O poder de vetar! Ou, o uso indiscriminado do veto!

O protecionismo escancarado dos Estados Unidos ao Estado de Israel resultou em mais de 35 propostas de resolução sobre Israel VETADAS. Dentre todas essas utilizações podem-se destacar duas:
- O veto à proposta de resolução que criticava o assassinato de vários funcionários das Nações Unidas por forças militares israelenses e a destruição de um depósito do Programa Mundial de Alimentação da ONU na Cisjordânia, em dezembro de 2002;
- O veto à proposta de resolução que condenava Israel pelos recentes ataques contra os palestinos na Faixa de Gaza, em especial o realizado em Beit Hanoun, que deixou 19 vítimas fatais entre os civis, a maioria de mulheres e crianças, em novembro de 2006; (ANP..., 2006).

Essa última utilização do veto provocou diversas manifestações de repúdio dentro do mundo árabe. Enquanto alguns líderes lamentavam, outros convocavam a população para proferirem ataques a alvos estadounidenses.

Além do uso exagerado dos vetos, os Estados Unidos costumam ainda desconsiderar as recomendações oriundas da Assembléia Geral, visto que não são obrigatórias, inclusive desrespeitando os princípios da Organização, pois têm garantia através do veto, de que nunca sofrerão sanções.

Em resumo: A ONU está sob o domínio norte americano, que além de domicilia-la controla suas decisões à sua própria conveniência ou à conveniência de seu próximo, o que no final dá no mesmo!

A custa de vida do povo palestino e ao som de Estados Unidos e Israel, a ONU dança conforme a música!

Fontes:

ONU - Organização das Nações Unidas. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br/conheca_onu.php

SILVEIRA, Carlos Eduardo. O uso abusivo do poder de veto pelos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 46, 31/10/2007 [Internet]. Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2389.

domingo, 18 de abril de 2010

Soldados israelenses afirmam que Exército matou inocentes em Gaza



O que já estava mais do que provado agora em artigo publicado!

Soldados de Israel que participaram da recente ofensiva à Faixa de Gaza admitiram que houve casos em que militares mataram civis inocentes, danificaram propositalmente propriedades de palestinos e receberam de seus superiores ordens "permissivas" de abrir fogo, de acordo com artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal israelense Haaretz. Mais de um terço dos mortos na ofensiva teriam sido crianças.

A série de depoimentos de soldados que participaram da "Operação Chumbo Fundido" na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro, contradiz a versão oficial de que "as tropas mantiveram altos padrões morais em todas as fases da operação".

Fontes palestinas calculam que a ofensiva de 22 dias matou 1, 3 mil palestinos, sendo que cerca de um terço deles, crianças.

Choque

Os soldados deram os depoimentos durante um encontro fechado, realizado em fevereiro, de um grupo que havia participado, anos antes, de um curso preparatório para o Exército.
(...)
Em entrevista ao site de noticias Ynet, Zamir afirmou que "ficou chocado" quando ouviu os depoimentos dos soldados.

Zamir tambem disse que pretende colaborar com a investigação da Policia Militar mas vai se negar a entregar os nomes dos soldados que testemunharam.

'Assassinato'

Um dos soldados, de nome fictício Aviv, afirmou que viu um dos oficiais disparando contra uma senhora idosa que passava perto de uma casa palestina onde os soldados haviam se instalado.

O mesmo Aviv afirmou que as ordens de abrir fogo "significavam assassinar".

"Entrávamos em um prédio e recebíamos ordens de subir de andar em andar e atirar em qualquer pessoa que víssemos... chamo isso de assassinato", disse o mesmo soldado.

"Como vocês sabem, usaram muito fogo e mataram muitas pessoas para impedir que nós (os soldados) fossemos atingidos".

"Superiores nos disseram que podemos atirar nas pessoas que não fugiram, pois são terroristas, mas eles não tinham para onde fugir... isso me amedrontou, tentei fazer alguma coisa, da minha posição inferior, para mudar a situação".

O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse à radio estatal de Israel que "o Exército vai investigar esses depoimentos com toda a seriedade".

"Nosso Exército tem os mais altos padrões morais do mundo, passei dezenas de anos de uniforme e sei o que aconteceu na Iugoslávia, no Afeganistão e no Iraque, e digo que, desde o chefe do Estado Maior, até o ultimo dos soldados, o Exército de mais alto nível moral do mundo é aquele que serve o governo de Israel", afirmou Barak.

Fonte: Guila Flint
Veja a notícia completa em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090319_israel_soldados_gaza_rc.shtml
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