quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SHMINISTIM – Ditadura israelense e o serviço militar obrigatório



O serviço militar em Israel é obrigatório tanto para homem quanto para mulher. Para os homens o período de alistamento é de 3 anos enquanto que para as mulheres 2 anos.

Israel pune veementemente a pessoa que se voltar contra essa regra. Por isso podemos entender que Israel tem o objetivo de militarizar toda a sua população, já que todos estão obrigados a servir o exército e por conseqüência estão sujeitos a 'contribuir' com as missões de guerra.

Não importa o pensamento ou a posição social, se o cidadão é contra ou a favor do Governo. O alistamento é obrigatório e quem não o cumprir será punido. Para a grande maioria da população israelense conservadora a tentativa de se esquivar desta obrigação é um ato de covardia e de traição. Por outro lado, os argumentos sustentados por aqueles que tentam a dispensa do serviço militar são de que não concordam com a conduta violenta do exército e com a injusta ocupação dos territórios palestinos.

Diante dessa condição é que surgiu o SHMINISTIM, um grupo de estudantes israelenses que foram presos por se recusarem a servir num exército que ocupa os territórios palestinos. 18 de dezembro de 2008 foi a data que marcou o lançamento de uma campanha mundial para liberá-los da prisão. Em 2010, SHMINISTIM encaminhou uma carta ao Primeiro Ministro Netanyahu, onde nesta critica a ocupação e pergunta: "Pode o governo militar de uma população civil ser considerado outra coisa senão uma ditadura?"

É com esse comportamento que estes jovens israelenses se mostram mais conscientes da vida e dos direitos humanos. Além disso, estão conscientes da conduta ditatorial do governo que quer impor o serviço militar a toda uma população civil transformando-a em militar.

A declaração feita por Bem-David de 19 anos, mostra sua posição, a qual é compartilhada pela maioria dos jovens que se opõem ao alistamento obrigatório.


Recusar-se significa dizer não! Não à ditadura militar na Cisjordânia, não para o uso da violência como meio de defesa, não para o patriarcado, não à violência contra pessoas inocentes, não ao abuso contra os soldados, não à guerra e não a uma sociedade que pretende ser democrática, mas os jovens são forçados a carregar armas, matar e ser morto. (...) Recuso-me porque eu quero fazer a diferença. Quero que todos os jovens palestinos que perderam a esperança de ver que há israelenses que se preocupam e que fazem uma escolha diferente. Eu quero todos os meus amigos que se tornaram soldados ou que estão prestes a tornarem-se soldados vejam que as coisas não têm que ser do jeito que são e que fazendo todas aquelas coisas imorais não é algo a ser dado como certo, que de outra forma é possível, que você não tem que sofrer dentro de um sistema militar que oprime você (a maioria dos soldados sofrem quando estão no exército). Talvez eles também vão abrir seus olhos e suas mentes um pouco mais para o que está acontecendo ao seu redor (Ou Ben-David Katz).

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Daniele El Seoudi.

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