Em discurso realizado essa semana no plenário Knesset (casa legislativa de Israel), o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu estabeleceu cinco condições necessárias para um tratado de paz com a Autoridade Palestina. São elas:
1. Os palestinos devem reconhecer Israel como estado da nação judaica.
2. O tratado deve ser um fim para o conflito.
3. O problema dos refugiados árabes deve se resolvido fora das fronteiras de Israel.
4. O Estado palestino terá que ser desmilitarizado e um tratado de paz deve garantir a segurança de Israel.
5. Os assentamentos permanecerão no âmbito do Estado de Israel e Jerusalém permanecerá a capital unida.
Então é o seguinte, a dinâmica do terrorista sionista diz assim: israelenses dentro, palestinos fora, israelenses atiram, palestinos levam bala, os assentamentos são israelenses, além de Jerusalém, claro, e o que sobrar pode ficar com os palestinos. Sem falar que o estabelecimento de um país judeu é garantir um direito religioso, enquanto que a existência de país islâmico é a expressão do mais puro extremismo religioso.
Se ele classifica os refugiados árabes, que vivem nos territórios que eles consideram israelenses, como um “problema”, como podemos classificar os israelenses que vivem nos assentamentos e que invadiram terras palestinas? Para mim, no mínimo ladrões safados.
O estado sionista continua descumprindo a Resolução 181 da ONU e ignora o direito legítimo dos palestinos. Mesmo que os palestinos não concordem com a invasão de suas terras e de ter que dividi-la com os israelenses, a Resolução da ONU deve no mínimo ser respeitada. A Resolução prevê, entre outras coisas, a divisão e a internacionalização de Jerusalém, ignorada por Israel.
O estado sionista ignorou também a divisão inicial dos dois Estados realizada pela ONU e roubou parte das terras determinadas aos palestinos, além de ter construído inúmeros assentamentos sob estas.
Com as condições insanas que Netanyahu colocou, a Palestina praticamente deixaria de existir, ou se reduziria aos limites de Gaza, conforme mostra a figura adiante.
Fonte: APN
Os pontos azúis são todos os assentamentos israelenses em território Palestino. A linha verde dermaca a região Palestina dividida pela ONU, sendo os demais espaços, abaixo, ao centro e até a ponta esquerda, territórios Israelenses.
Estou realmente curiosa para saber quais argumentos serão colocados pelo Conselho de Segurança da ONU ao votarem este ano sobre o pedido de Abbas em que pede o reconhecimento do Estado Palestino nos limites de 1967. Cabe destacar que o que se pede são os limites de 67 e não do plano de partilha de 47 conforme a própria ONU havia estabelecido anteriormente.
Palestina nos limites de 67, marcado em vermelho
Palestina nos limites de 67, marcado em vermelho
No ano das revoluções acredito que qualquer decisão favorável aos interesses unilaterais israelenses e americanos aumentará ainda mais a profunda rejeição que a sociedade internacional tem com relação à ONU, Israel e Estados Unidos. E quando eu digo, sociedade internacional, estou falando dos países que já reconheceram o Estado Palestinos, representados por 60% do total de países e nações, índice ainda em evolução.
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Daniele El Seoudi.