quinta-feira, 31 de março de 2011

Israel pretende construir ilha para os palestinos de Gaza


Feliz dia da "des-Terra" Palestina!!!!!

Israel pretende construir uma ilha artificial com quatro quilômetros de comprimento, com porto e aeroporto destinada aos palestinos da Faixa de Gaza. A proposta da ilha é de também acolher uma zona turística, uma marina, hotéis e uma unidade de dessalinização de água do mar.

Trata-se de um projeto de lei elaborado pelo ministro dos transportes israelense, Yaakov Katz e que tem o apoio de Benajamim Netanyahu.

A ilha estaria ligada à terra firme, na Faixa de Gaza, através de uma ponte com quatro quilómetros de comprimento. Estima-se que o custo esteja na casa dos dez milhões de dólares e que os trabalhos poderão durar entre seis a 10 anos.

Os responsáveis pelo projeto, que ainda precisam do apoio oficial e final de Benjamin Netanyahu, entendem que a ilha deveria ser gerida pela Autoridade Palestiniana, de Mahmud Abbas.

Por debaixo do kipah israelense

Não é pela imensa “solidariedade” e extrema “bondade” que Israel está disposto a construir a ilha para os palestinos da Faixa de Gaza. Por trás das suas “humildes” e “cordiais” intenções, o estado sionista planeja obter maior controle, ocupar definitivamente Gaza e finalmente expulsar os palestinos de Gaza.

Se não fosse repulsivo até seria repugnante o discurso israelense de proporcionar aos palestinos um aeroporto, porto, novos empregos e prosperidade econômica.

1º Os palestinos não precisam de uma ilha para construir um aeroporto, porto, hotéis, marina... A terra que lhes pertence é suficientemente grande para tais projetos.

2º Os palestinos não precisam e não querem contar com a “generosidade cativante” de Israel para seus interesses econômicos.

3º Basta que Israel lhes devolva as terras roubadas e aceite a criação do Estado Palestino independente. A prosperidade econômica será certa!

13 comentários:

  1. Acredito que há um equivoco pois no passado nunca existiu nação palestina,
    O termo "Palestina" foi usado a primeira vez no Ano 70 d.C., quando os romanos cometeram genocídio contra os judeus, destruindo a cidade e o templo, e dizendo que a Terra de Israel deixaria de existir. A partir daí os romanos garantiram que essa terra iria se chamar "Palestina". Esse termo deriva de "Filisteus", o povo de Golias conquistado pelos judeus, séculos antes. Foi essa a maneira romana de juntar o insulto à injúria. Os romanos ainda tentaram mudar o nome de Jerusalém para "Aelia Capitolina", só que esse nome jamais colou.
    Fazer uma ilha artificial para este povo, é pagar por uma paz que jamais vai existir e por uma terra que já é de ISRAEL, após a formação do estado de ISRAEL (1948) na tal palestina 80%
    Dos habitantes da palestina eram judeus e o restante era de maioria cristã hoje 20% do eleitorado de ISRAEL esta na palestina, (oriente-se).

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    1. Acredito que há um equivoco pois no passado nunca existiu nação brasileira,
      O termo "Brasil" foi usado a primeira vez no Ano 1500 d.C., quando os portugueses cometeram genocídio contra os índios, destruindo as cidade e os templos, e dizendo que a Terra dos índios deixaria de existir. A partir daí os portugueses garantiram que essa terra iria se chamar "Brasil".

      Então, o que está esperando ? Devolva sua casa no Brasil aos índios ! ! !

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    2. Caro leitor,
      Devolveria, mas creio que nossas famílias mataram todos! ou pelo menos a maioria.
      Somos seres pensantes, não é mesmo? Estamos aqui para NÃO permitir que o mesmo erro aconteça. De acordo?

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  2. Caro leitor,

    Não sei se vc já percebeu, mas o blog não trata sobre religião. Estamos falando de um povo que já morava nestas terras independente de sua religião (judeus, cristãos ou muçulmanos). Até porque o islam só veio a existir cerca de 600 anos d.c. Se em determinada época os romanos cometeram genocídio contra os judeus, não creio que os palestinos de hoje tenham que pagar por isso.

    Imagine, por exemplo, se os judeus israelenses se convertessem ao cristianismo. A luta do povo palestino continuaria. Veja bem, não é uma luta contra o povo judeu, mas contra Israel, um estado que foi imposto e que desde a sua criação vem exterminando e ocupando palestinos e terras que não lhe pertence.

    Se formos discutir a questão do conflito em termos históricos/religiosos, não podemos nos esquecer que os ancestrais palestinos já habitavam essas terras muito antes, se não me engano desde a era faraônica, quando nem mesmo a religião judaica existia.

    Na perspectiva do direito, os palestinos devem receber de volta as terras que lhes foram roubadas, no entanto, Israel ignora a decisão da ONU e comete crimes exterminando e violentando diariamente esse povo. Além disso, numa total demonstração de arrogância perpetua a construção de assentamentos e expande gradativamente os territórios ocupados.

    A paz depende em parte do bom-senso israelense, ou quem sabe do empenho mundial em forçar que este estado sionista retroceda. Como sei que a primeira opção é impossível tenho esperança na segunda.

    Oriente-se!

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  3. Jimmy Carter oficializou a criação de um estado sem fronteiras dando assim autonomia ao estado de ISRAEL para abranger áreas de (ocupação) em território nacional justamente para eliminar qualquer conflito, e como eu citei anteriormente, na época em que o estado de ISRAEL foi fundado 80% da palestina era constituída por judeus e o restante por maioria cristã, se este é o critério isso faz deste território um território judeu (israelense).

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  4. 1º Que é Jimmy Carter e que autonomia ele tem para "oficializar" ou "criar" um Estado?
    2º A criação do Estado de Israel só provocou guerras e conflitos;
    3º A Rosulão 181 da ONU, em 1947, partilhava a Palestina, dando 53% do território para os 700 mil judeus que tinham ido para lá e deixando 47% da terra para os 5 MILHÕES de palestinos que viviam no local.

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  5. Daniele, assim como os ancestrais dos Palestinos estavam lá desde tempos faraônicos os ancestrais Judeus já estavam lá desde antes dos Faraós. He He! Na verdade acho esses argumentos fracos. Ocorre que estado soberano lá não houve, donde vc queixar-se que o "Estado" Palestino foi partilhado não procede. O território sim. O fato é que a perda Palestina constitui-se nos 700000 refugiados e suas propriedades, na perda da expectativa de ter constituido um estado na plenitude do território mandatário, na perda da condição de nacionalidade hegemônica pra minoritária, frente a judia. Ocorre que a população judia já radicada e majoritariamente nascida lá mesmo não deve ser, apropriadamente, tratada como ladra de terras. Terras são uma coisa, território é outra. O território que tornou-se Israel é atualmente de povoamento majoritariamente judeu e não devem ser submetidos a outra soberania, assim como Cisjordânia e Gaza tampouco podem prescindir de sua própria soberania. Neste ponto você dá impressão de não ser isenta, e não é realmente obrigada a ser já que é parte prejudicada na questão. Só acho que a questão é essa: há maioria judia soberana dentro da Linha Verde e tem de haver soberania própria nos demais territórios, de maioria Palestina. Acho perda de tempo, dos dois lados, falarem em antecedência, essa questão não tem mais força. Acho que vcs perderam suas cidades e certamente até mesmo uma territorialidade étnica e cultural, não realmente um País pré-existente. Nunca acredito em quem é homem ou mulher na internet mas no seu caso sim, pois me impressiona sua força e delicadeza simultâneas, agradeço por me permitir postar aqui. Salam Aleik

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  6. P.S. O território partilhado tinha 5 MI de palestinos em 1947? Não são uns 10 MI de palestinos no mundo hoje, quase 70 anos depois ? Eu achava que da parte destinada a Israel eram cerca de 1 milhão, das duas nacionalidades! E na parte destinada aos palestinos, quantos haviam?

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  7. Ibrahim,
    O problema não é religioso e sim político. Obviamente que havia ancestrais no território que hoje chamamos de Palestina, época em que nenhuma das grandes religiões monoteístas existia. Por isso, defendo que não é o judeu, ou cristão, ou muçulmano que deveria reivindicar o direito sobre a terra, mas o árabe.

    Você já percebeu que o israelense não se considera árabe? Já parou pra pensar que Israel está localizado no Oriente Médio!

    Concordo com você na questão de delegar a responsabilidade sobre o roubo das terras. No meu ponto de vista, os ladrões são os sionistas. Podemos considerar que aqueles que já viviam na Palestina, de qualquer procedência religiosa, tenham sim o direito de viver na Palestina. Não estou falando que todos os judeus devam ser expulsos e que são ladrões. A propósito não sou anti-semita, sou apenas anti-sionista. Defendo o Estado da Palestina, apesar de ter sofrido tantos mandatos externos. Sou eminentemente contra a expulsão de milhares de palestinos para a criação de um Estado judeu (usam a religião judaica para construir casas e expulsar palestinos, por exemplo). A ONU e todos os demais países que aprovaram a Resolução 181, inclusive o Brasil, não deveriam ter ignorado os 5 milhões de palestinos que viviam no território, sua cultura e modo de vida. A terra não estava vazia, como alguns gostam de mencionar.

    Cordialmente,

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  8. Ibrahim,
    A distribuição do território foi de 53% a 700 mil judeus e 47% aos 5 milhões de árabes que viviam no local. Veja em http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_da_ONU_para_a_parti%C3%A7%C3%A3o_da_Palestina_de_1947.

    Existe ainda uma dissertação de mestrado, muito boa por sinal, cuja autoria é de Aura Rejane Gomes, bastante fundamentada, onde explica praticamente o passo a passo da questão política da partilha. Infelizmente não tive tempo de ler toda, mas nos trechos que pude ler, fiquei bastante impressionada com o aprofundamento da pesquisa. Se tiver interesse, você pode encontrar o trabalho para baixar nesse endereço (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-24052002-163759/pt-br.php).
    Aproveito para destacar dois trechos "A independência da Palestina era um direito evidente de seu povo, uma maioria árabe de 70%, em 1947, porcentagem que inviabilizaria qualquer pretensão de criar um Estado judeu, por questões jurídicas e práticas." (p.81).
    "A aprovação da partilha da Palestina e a criação de Israel 'foi uma injustiça história do ponto de vista da soberania macional e da autodeterminação' segundo admitiram os próprios sionistas (...) Israel se apoderou de todas as propriedades móveis e imóveis de um milhão de refugiados, que fugiram com as roupas do corpo." (p.105-106).

    Seja sempre bem-vindo.

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  9. Apenas não entendo se a conta é da palestina com transjordânia ou sem. Se 700mil árabes foram expulsos e hoje temos 5.500.000 em Israel + territórios, não poderiam ser 5MI àquela época, a não ser que esteja tb contando os palestinos da Transjordânia, havia palestinos lá tb, não ?

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  10. Ou seja se árabes eram 70% ou 5MI então judeus deveriam ser 30% ou 2,14MI (5MI/7x3), mas acho que mal beiravam 500mil

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  11. Tenho curiosidade de saber qual era a população trânsjordana na época e de que era constituída

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Olá leitor!
Comentários são sempre muito bem-vindos.
Obrigada por interagir.
Daniele El Seoudi.

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