terça-feira, 5 de abril de 2011

Goldstone, que raios é isso?





É Goldstone pra lá Goldstone pra cá. Essa semana vimos e continuamos vendo muitas notícias sobre esse tal Goldstone. Não é uma pedra de ouro não, é o nome do ex-líder do grupo de investigação da ONU sobre os conflitos na faixa de Gaza, Richard Goldstone.
  
O sul-africano Goldstone, em artigo publicado pelo The Washington Post teria dito estar ARREPENDIDO por parte das considerações apresentadas no relatório sobre a guerra levantada por Israel contra Gaza em 2009/2010.
  
Mais essa da ONU! Já não bastava a completa incompetência da Organização para tratar de assuntos internacionais, que dirá sobre Direitos Humanos, e agora aparece com essa lamúria fútil e infundada do tal homem de ouro, pedra de ouro, o Goldstone lá.
  
Só sendo mesmo um grande demente (como Netanyahu) para alegar infundadas as provas e alegações da ONU sobre os crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza. Os números provam por si só. Foram mais de 1.400 palestinos mortos. Hospitais cheios de feridos foram bombardeados, ambulâncias, residências... fósforo branco foi usado para atacar civis, crianças, de dia, de noite, não importava. Para quem não sabe, o uso de fósforo branco é proibido pelas leis internacionais.
  
Mais demente ainda está sendo o Goldstone por agora mudar de idéia sobre o relatório que ele mesmo conduziu, dizendo inclusive que este contém erros. Quando da publicação deste relatório Goldstone concedeu inúmeras entrevistas reafirmando e defendendo sua posição sobre o relatório. Mas agora mudou de idéia. Deveria ser demitido na hora. Não por errar, mas por mentir.
  
Agora com essa palhaçada do "Stonegold", Israel está exigindo a anulação do relatório. Hipócrita! Não que o relatório vá levar grandes resultados para Palestina/Gaza, já que o ciclo vicioso da ONU retratado pela sua incapacidade de conduzir os assuntos de Direitos Humanos, será visto pelo mundo quando Estados Unidos vetar a resolução que provavelmente pedirá o julgamento deste processo no Tribunal Internacional Penal, se é que chegará em vias de.

E só para lembrar, um dos milhares de vídeos que podem ser encontrados no Youtube sobre os ataques de Israel em Gaza. Este, em particular, mostra um ataque israelense usando fósforo branco sob a UNRWA - Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos. Pois é, até a ONU foi atacada. Muito hilário isso!




Principais conclusões do Relatório de Goldstone
  • As forças israelenses COMETERAM violações de direitos humanos e do Direito Internacional Humanitário que constituem crimes de guerra e possivelmente crimes contra a humanidade. As investigações de numerosos ataques letais contra civis ou contra alvos civis REVELARAM que esses ATAQUES foram INTENCIONAIS e que alguns tinham o PROPÓSITO de DISSEMINAR o TERROR no seio da população civil, sem qualquer objetivo militar, e que as forças israelenses usaram civis palestinos como escudos humanos.
  • As forças israelenses COMETERAM graves violações à Quarta Convenção de Genebra, nomeadamente HOMICÍDIO INTENCIONAL, TORTURA e TRATAMENTO DESUMANO, CAUSANDO intencionalmente grande sofrimento ou danos graves ao corpo ou à saúde, além da destruição de bens, não justificada por necessidades militares e EXECUTADA de forma ilegal e arbitrária. Tratando-se de violações graves, esses atos dão origem a responsabilidade criminal individual.
  • Israel não cumpriu seu dever de respeitar o direito da população de Gaza a uma adequada condição de vida, incluindo acesso a alimentação adequada, água e habitação. Atos que privam os palestinos na Faixa de Gaza dos seus meios de subsistência, emprego, habitação e água, que negam a sua liberdade de movimento e seu direito de sair e entrar no próprio país e que limitam o seu acesso a reparação efetiva poderiam constituir perseguição - um crime contra a humanidade.
  • Grupos armados palestinos violaram o princípio da distinção lançando foguetes e morteiros que não podem ser dirigidos precisamente a alvos militares e seus ataques a áreas civis que não visavam alvo militar constituíram ataques deliberados contra civis. Tais ataques configuram crimes de guerra e podem constituir crimes contra a humanidade.
  • Combatentes palestinos nem sempre distinguiram-se adequadamente da população civil, expondo desnecessariamente os civis a perigos quando lançaram ataques nas proximidades de edifícios civis ou protegidos.
  • A comissão de investigação não encontrou evidência de que os grupos armados palestinos tenham conduzido civis a áreas sob ataque ou que tenham forçado civis a permanecer nas proximidades, nem que instalações hospitalares hospital tenham sido usadas como escudo pelo governo de-facto do Hamas ou por grupos armados palestinos ou que ambulâncias tenham sido usadas para transportar combatentes ou ainda que grupos armados palestinos tenham realizado atividades de combate dentro de hospitais ou que instalações da ONU tenham sido usadas como escudos.
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Daniele El Seoudi.

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