É realmente muito sensível a situação atual do oriente médio. Após a ameaça declarada dos Estados Unidos em atacar o Irã, foram registradas algumas faísca entre o Egito, Israel, Líbano e Jordânia. Não existe ainda nenhuma relação paralela entre os ataques ocorridos ontem e hoje nestes países e a ameaça de guerra contra o Irã. Entretanto, deve-se registrar que a questão da segurança na região está ameaçada.
Na segunda-feira dia 02/08 o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, anunciou que os Estados Unidos tem um plano de ataque contra o Irã. Isso não é novidade, pois já apresentamos neste blog os primeiros passos dados por Estados Unidos e Israel contra o Irã quando enviaram navios de guerra para a costa do Golfo pérssico.
O Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no entanto, alertou que se sofrer qualquer tipo de ataque irá responder à altura. O general iraniano Yadollah Khavani declarou que "Se os Estados Unidos cometerem um erro (atacando o Irã), a segurança da região estará em perigo (...)”. “Nos defenderemos contra qualquer ação dos Estados Unidos ou de Israel", prosseguiu o general, afirmando que o Irã "desenvolveu sua capacidade defensiva para reforçar sua força de dissuasão".
Além disso, declarou Mohamad Khazai, o embaixador iraniano na ONU, que "Se o regime sionista cometer a menor agressão contra o território iraniano, iremos ao front e queimaremos Tel Aviv".
Não há dúvida de que os Estados Unidos, se atacar, irá ‘novamente’ cometer um grave erro, a exemplo das alegações que motivaram o ataque ao Iraque, onde EUA afirmava haver indícios de que o país teria em seu poder armas de destruição em massa e de manter relações com Al Qaeda. Estes indícios nunca foram provados.
Ao que tudo indica, Ahmadinejad não irá suspender seu programa nuclear, o que provavelmente será usado pelos Estados Unidos e Israel como motivos e alegações para o possível ataque. Por isso, a guerra é eminente e não deve tardar. Infelizmente!
Após a declaração dos EUA de que haveria um plano para atacar o Irã, Ahmadinejad propôs um debate com Barack Obama “cara-a-cara”. O Presidente do Irã afirmou que poderia aproveitar sua viagem a Nova York, que ocorrerá em setembro, para conversar pessoalmente com Obama. Ele afirmou estar disposto a dialogar com o presidente americano na presença da mídia internacional. A mesma proposta havia sido feita por Ahmadinejad ao Bush, ex-presidente dos Estados Unidos, a qual foi negada.
Ao meu ver, nada mais justo com a população mundial, uma vez que a transparência e a verdade sobre os fatos poderiam ser colocados em discussão neste debate, possibilitando a participação das comunidades mundiais. Contudo, considero quase certa a negação de Obama sobre essa possibilidade. O Governo americano não tem interesse em dialogar ou ponderar. Como sempre, os seus objetivos vão além, e neste caso, além da preocupação com o programa nuclear Iraniano.
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Daniele El Seoudi.